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Apresentação Críticas Músicas

Vendo concretizado este projeto, sinto-me pleno. De fato, nada pode dar mais alegria a um compositor do que ouvir suas criações nas vozes de outros intérpretes, ainda mais na quantidade e com a qualidade dos que embarcaram de pronto nesta viagem, todos com desprendimento e sensibilidade ímpares.

 

São quarenta e cinco canções distribuídas em três volumes que abrem o leque para a minha obra inquieta e que têm como objetivo apresentar várias possibilidades musicais. A ideia inicial de fazer um único disco foi tão bem recebida que se multiplicou como que por milagre. E ao ver chegar as canções gravadas da forma como cada um deles as entendeu, iam-se descortinando em mim tantas e tamanhas sensações que, na verdade, se torna impossível descrevê-las.

 

Conhecer pessoas sempre me despertou grande interesse e com essa experiência eu pude manter contato com muita gente, o que, inclusive, me ajudou a crescer enquanto ser humano, ao possibilitar escolhas, burilar sugestões e aprender a respeitar o tempo de cada um.

 

Cabe-me agradecer, assim, aos vários seres iluminados que me auxiliaram durante o período de realização deste trabalho, de modo especial a todos os artistas que me deram a honra e o prazer de tê-los comigo, emprestando seus talentos às minhas palavras e melodias. E também aos grandes e fundamentais músicos que se fizeram presentes.

 

Após quatro álbuns independentes nos quais pude também mostrar minha voz, meu maior desejo com estes três CD’s é poder compartilhar a beleza de tantas emoções com todos quantos se permitam fazê-lo. E é esta vontade que me move a continuar criando. Sonhar é ótimo, mas viver é melhor ainda!

 

Rubens Lisboa

Vozes ressaltam a diversidade rítmica da obra auto

Em seu mais ambicioso projeto fonográfico, o cantor e compositor Rubens Lisboa apresenta 45 músicas inéditas...

por Mauro Ferreira

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Um sergipano independente

Um audacioso compositor sergipano que acreditou em suas composições.

Por Camila Holanda (@camilasholanda)

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Estratégia de autor sergipano vira caixa de 3 CDs

Se a regra hoje é o compositor gravar as próprias músicas e jogá-las na internet...

por Luiz Fernando Vianna

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Senhoras e Senhoras, com vocês, Rubens Lisboa!

Os títulos deveriam ser sucintos, eu sei.

por Antônia Amorosa

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Solano Ribeiro e a nova música do Brasil

Os lançamentos acontecem a todo momento na produção independente.

por Eduardo Weber

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Rubens Lisboa por Tantas Vozes

Se coubesse um adjetivo apenas ao seu novo trabalho, esse seria OUSADIA!

por André Teixeira

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Rubens Lisboa: Rubens Lisboa por Tantas Vozes

Rubens Lisboa é um cantor e compositor com quatro discos lançados e um gosto eclético.

por Lizandra Pronin

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Rubens Lisboa lança box onde 45 vozes cantam suas

Ousadia foi um elemento chave para a finalização do disco.

por Jocélio Oliveira

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Resenha de álbum

A pluralidade de seus temas o levou à ideia de convidar alguns amigos do meio musical para gravarem suas obras inéditas

Por Anderson Nascimento

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Grandes Vozes interpretam Canções de Rubens Lisboa

O cantor e compositor explica como foi o processo de produção de “Rubens Lisboa Por Tantas Vozes”

por Suyene Correia

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(Re) Descobrindo Rubens Lisboa e suas tantas vozes

Sou um cidadão paulistano apaixonado pelo Rio de Janeiro, e é de lá que chegou em forma de presente uma caixinha de CDs do cantor

por Paulo Gonçalo dos Santos

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Site - ZIRIGUIDUM

Obra de Rubens Lisboa ganha 45 vozes

por Beto Feitosa

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    Por Tantas Vozes CD 1

  • 01 CIRANDA DO AMOR

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    Ficha Técnica Piano CP 70 Yamaha e Teclados: LEILA PINHEIRO Acordeão: ALESSANDRO KRAMER (BEBÊ) Contrabaixo: GILSON BATATA Percussão: PEQUENO Gravada por MARCIO REIS no Tacacá Estúdio (Rio de Janeiro-RJ) Mixada por LEILA PINHEIRO e MARCIO REIS no Tacacá Estúdio Contrabaixo e Percussão gravados por EDUARDO MENEZES no Estúdio Três (Aracaju-SE) Leila Pinheiro gentilmente cedida por Tacacá Music

    CIRANDA DO AMOR
    Por Leila Pinheiro

    Um dia, um cirandeiro me indagou
    O que seria de verdade o tal do amor
    Me disse que faltava compreensão
    Pra entender as coisas vãs do coração

    Falei que o amor é um segredo
    E sendo assim fica difícil decifrar
    Mas que também não há de sentir medo
    Somente permitir e se entregar

    Como é frágil
    De vidro cai no chão e se desfaz
    Como é forte
    De fibra cola o não e se refaz
    O amor é um quase nada, é um muito tudo
    Deixa cego, surdo e mudo
    Enlouquece e ainda quer mais

    Como é lúdico
    De sonho se constrói e assim se basta
    Como é lúcido
    Real que tanto dói e a dor é vasta
    O amor é o rebento, é o fim de linha
    É o que compensa ou que aporrinha
    Por mais que use, não se gasta

  • 02 GREVE DE SAMBA

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    Ficha Técnica Violão: ANA COSTA Cavaco: ALCEU MAIA Bandolim: LUIS BARCELOS Percussão: BIANGA CALCAGNI Produção: BIANCA CALCAGNI Arranjo: ANA COSTA Gravada e mixada por CARLINHOS SIGNORELI no Estúdio CriaSons (Rio de Janeiro-RJ) Ana Costa gentilmente cedida por Zambo Discos

    GREVE DE SAMBA
    Por Ana Costa

    Se a cidade não tem mais pra onde expandir
    Dá agonia de ver toda a aglomeração
    É barraco de cima querendo cair
    É barraco de baixo em promessa e oração

    Esse tanto de gente merece respeito
    São mulheres e homens sonhando um amanhã
    Igualzinho a nós outros, o mesmo direito
    Vão correndo por fora numa vida malsã

    Avisa lá que hoje não tem samba
    É greve
    Muito grave a situação
    Por que só é no carnaval que os chamam de bamba
    E o resto do ano inteiro vivem na omissão
    Avisa lá que hoje não tem samba
    É greve
    Vai chamar a multidão
    Se no carnaval todos dizem: são bons pra caramba
    Não é justo os alimentarmos de inanição

    Mães-de-santo, passistas, porta-bandeiras
    Todas elas são brasileiras
    E merecem nossa atenção
    Mestre-salas, ritmistas e curandeiros
    Todos eles são brasileiros
    Cada qual é um cidadão

  • 03 FOLIAR

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    Ficha Técnica Violão: RONALDO RAYOL Piano Acústico e Teclados: HANILTON MESSIAS Baixo: LÉO VERSOLATO Clarinete: UBALDO VERSOLATO Bateria e Percussão: OSMIR ANDRADE Produção: CARLOS NAVAS Arranjo: RONALDO RAYOL Gravada e mixada por UMBERTO CAREZZATO SOBRINHO no Carbonos Studio (São Paulo-SP)

    FOLIAR
    Por Vânia Bastos

    Olha o coco oco louco
    No batuque da levada
    Limpa o pé lá na entrada da brincadeira

    Quebra o ovo povo novo
    Na cabeça da moçada
    Que é pra ver se a passada sai de primeira

    A alegria é a prova
    Noves fora o coração
    Canta bem muito mais forte o refrão

    Sai da frente que eu tô indo
    Vou levando a sensação
    Com vontade se consegue, meu irmão

    O momento faz a hora
    Agora dá pra se esbaldar
    Vamos levantar poeira
    Que é sexta-feira
    Dia de brincar
    A mistura tá fervendo
    Não dá mais pra segurar
    Sopra o vento na areia
    Samba de pareia
    Bom de foliar

  • 04 A MAQUIAGEM DA HISTÓRIA

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    Ficha Técnica Violão e Craviola com Fuzz: ANTONIO VILLEROY Baixo, Loops, Programações e Efeitos: GASTÃO VILLEROY Guitarra: EUGENIO DALE Sax Tenor: WIDOR SANTIAGO Produção e Arranjo: GASTÃO VILLEROY Gravada por RODRIGO VIDAL e GASTÃO VILLEROY no Estúdio Pactocombaco (Rio de Janeiro-RJ) Mixada por RODRIGO VIDAL no Estúdio Corredor 5 (Rio de Janeiro-RJ)

    A MAQUIAGEM DA HISTÓRIA
    Por Antonio Villeroy

    Quantos são os exércitos a mutilar soldados?
    Quantos são os presos a incendiar colchões?
    Quantos são os amores que matam os amados?
    Quantos são os chefes que vendem as nações?

    Até quando o medo vai travar as mentes?
    Até quando a fome vai calar a voz?
    Até quando o impulso vai fazer doentes?
    Até quando a lei vai defender o algoz?

    História
    Escória que maquiada vira trajetória
    E a glória é contraditória em todo lugar
    História
    Memória se muito puxa fica inibitória
    E a vitória é uma moratória a se pagar

  • 05 POEMA

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    Ficha Técnica Piano Acústico, Piano Fender e Acordeão: JULINHO TEIXEIRA Contrabaixo: CLAUDIO ALVES Bateria: SÉRGIO NACIFE Produção e Arranjo: ADONAY PEREIRA Gravada e mixada por MARCUS ADRIANO no Estúdio Companhia dos Técnicos (Rio de Janeiro-RJ)

    POEMA
    Por Eliana Printes

    Estrela
    O teu brilhar não me admira
    Se queres, vou contemplar-te num outro alguém
    Quem dera
    Óh! A doce espera fosse o porém
    De um fio de voz que vai na imensidão

    Estrela
    Quantas dores trazes no peito
    Por jeito, tu incendiavas uma emoção
    Se foste, talvez viesses
    Jogaste luzes na escuridão
    E eu só a me encantar de paixão

    Doce acalanto
    Porque outrora lá da rua
    Saíste embora, deixando-a nua com teu clarão
    Eu busco sempre te encontrar, ó minha bela
    Quem sabe floras, deixando a rosa com o seu botão

    Decerto, toda dengosa na Lua clara
    Tu deixarias que eu te amasse com devoção
    Agora, te faço tolo este poema que algema
    Minh’alma ao teu alado coração
    Agora, te faço tolo este poema que algema
    Minh’alma ao teu alado coração

  • 06 NÃO ME LEVE A MAL

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    Ficha Técnica Violão de 7 Cordas e Cavaquinho: EDU KRIEGER Guitarra Elétrica: FABIANO KRIEGER Flauta: PC CASTILHO Percussão: FABIANO SALEK Produção: PEDRO BETTENCOURT Arranjo: EDU KRIEGER Gravada e mixada por LUCAS MARCIER no Estúdio Arpex (Rio de Janeiro-RJ)

    NÃO ME LEVE A MAL
    Por Edu Krieger

    Vou encher a cara, vou cair de tonto
    Vou levar você pra esse Carnaval
    Vou fazer valer desejo tão antigo
    Um sonho de criança
    Não me leve a mal

    Você vai se achar dentro do meu peito
    Vai ficar sem jeito e vai me namorar
    Hoje a festa é nossa e a gente se abraça
    No meio dessa praça
    E por que não se amar?

    Carnaval só termina se acabar a alegria
    E ela vai vingar
    Seja eterno o mundo
    Em um segundo
    Quero a noite inteira sem cansar

  • 07 EU NO MUNDO

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    Ficha Técnica Violão de 12 Cordas, Violão de Nylon, Teclados, Programações e Samplers: JULINHO BRAU Baixo Elétrico: JORGE HELDER Bateria e Percussão: NAHAME CASSEB Rabeca: BETO BRITO Pífanos: BETINHO MUNIZ Produção: AMELINHA Arranjo: JULINHO BRAU Gravada e mixada por JULINHO BRAU no Estúdio Copa 45 (Rio de Janeiro-RJ) Rabeca e Pífanos gravados por RODRIGO MACIEL no Estúdio Estopim Produções (João Pessoa-PB)

    EU NO MUNDO
    Por Amelinha

    Salve o cantar da moçada!
    Salve o talento primeiro!
    Salve essa gente animada!
    Salve esse clima festeiro!
    Salve a lua iluminada!
    Salve o santo padroeiro!
    Salve nossa pátria amada!
    Salve o povo brasileiro!

    Caminhei mais de mil léguas
    Tomei chuva e serração
    Passeei por muitas terras
    Fiz novena e salgação
    Me ceguei com tanta luz
    E venci a solidão

    Eu nada tinha na algibeira
    Mas estava cheio o coração
    Salve o cantar da moçada!
    Salve o talento primeiro!
    Salve essa gente animada!
    Salve esse clima festeiro!
    Salve a lua iluminada!
    Salve o santo padroeiro!
    Salve nossa pátria amada!
    Salve o povo brasileiro!

    Fiz a rede na varanda
    E mirei a imensidão
    Naveguei na correnteza
    Conheci mar e sertão
    Me encontrei no meio do tempo
    Duelei com a paixão
    Eu nada tinha na algibeira
    Mas estava cheio o coração

    Foi com vontade que eu caí no mundo
    A gente cresce só indo fundo
    A vida é bela
    Há que saber
    E eu tenho muito o que aprender

  • 08 DIGITAIS

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    Ficha Técnica Violões e Guitarra: ISRAEL DANTAS Teclados: RENATO FONSECA Contrabaixo: RÔMULO GOMES Bateria: CARLOS BALA Percussão: PAULINHO HEMAN Produção e Arranjo: ISRAEL DANTAS Gravada e mixada por VÂNIUS MARQUES no Estúdio Companhia dos Técnicos (Rio de Janeiro-RJ) Rita Ribeiro gentilmente cedida por Manaxica Produções

    DIGITAIS
    Por Rita Ribeiro

    Madrigais
    São canções que percorrem os caminhos dos quintais
    Meus sinais, meus desvãos
    Meus sins, meus nãos
    Minhas digitais

    Os meus ais
    São senões que adentram os atalhos dos umbrais
    Vendavais, artesãos
    Meus sons, meus dons
    Minhas catedrais

    Em tudo há um pouco do que sou
    Na minha lágrima, no meu suor
    No filho que eu fiz
    No meu bom, no meu pior
    Em tudo há um pouco do que sou
    Nos meus escritos, na minha voz
    Na rosa que eu plantei
    No que enfim vai dar em nós

  • 09 A COBRA

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    Ficha Técnica Violão de Nylon e Guitarra Portuguesa: JOÃO GASPAR Contrabaixo: ANDRÉ VASCONCELLOS Cello: LUI COIMBRA Bateria e Percussão: MARCELO COSTA Produção e Arranjo: FÊNIX e JOÃO GASPAR Gravada e mixada por DIDIÊ CUNHA e RODRIGO DE LA CROIX no Estúdio Zaga Music (Rio de Janeiro-RJ)

    A COBRA
    Por Fênix

    Não acorde a cobra adormecida
    ‘Cê não tem cacife para enfrentá-la
    Não acorde a cobra adormecida
    Deixe-a dormindo dentro da mala

    Essa cobra é venenosa
    Essa cobra é perigosa
    E ela pode lhe picar
    E ela pode lhe furar

    Acorda
    A cobra
    Se eu fosse você não ia mexer com esse bicho, não!
    Acorda
    A cobra
    Se eu fosse você não ia mexer com esse bicho, não!

    Você vai ficar com febre
    Você vai ficar alegre
    E depois não vai querer sarar
    E depois não vai querer largar

    Acorda
    A cobra
    Se eu fosse você não ia mexer com esse bicho, não!
    Acorda
    A cobra
    Se eu fosse você não ia mexer com esse bicho, não!

  • 10 DEFEITO DE NASCENÇA

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    Ficha Técnica Violão de Aço e Guitarra Baiana: LUIZ WAACK Percussão: DOUGLAS ALONSO Produção e Arranjo: LUIZ WAACK Gravada e mixada por LUIZ WAACK no H. Studio Waack (São Paulo-SP) Pré-masterizada por HOMERO LOTITO no Reference Mastering Studio (São Paulo-SP)

    DEFEITO DE NASCENÇA
    Por Cris Aflalo

    Escorreguei, sim!
    Não vou mentir
    Se eu cair de novo
    Você me ajuda a levantar
    Não sou perfeito
    Mas dá-se um jeito
    Para seu proveito
    Vou querer (me) endireitar

    Não tenho culpa se nasci lá na gandaia
    Não é desculpa nem quero fugir da raia
    Abençoado
    Sei que sou um boa pinta
    Não me renegue
    Nem tampouco me desminta

    Escorreguei, sim!
    Não vou mentir
    Se eu cair de novo
    Você me ajuda a levantar
    Não sou perfeito
    Mas dá-se um jeito
    Para seu proveito
    Vou querer (me) endireitar

    É que eu trago um defeito de nascença
    Quero afago, sei que tenho uma doença
    De ser amado
    Eu preciso de carinho
    Venha cá, me pegue
    Não posso ficar sozinho

  • 11 DIZEM

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    Ficha Técnica Violão, Baixo e Programação Eletrônica: RONALDO SAGGIORATO Produção e Arranjo: RONALDO SAGGIORATO Gravada e mixada por GRINGO SAGGIORATO no Estúdio RS (Campinas-SP)

    DIZEM
    Por Izabel Padovani

    Dizem que a vida é curta
    E que o amor é muito estranho
    Dizem que a morte é certa
    E a bondade é um ganho
    Dizem que a justiça é cega
    E que o tempo apaga tudo
    Dizem que a paixão é brega
    E o diabo é chifrudo

    Tanta coisa que se ouve pelo dito popular
    Mas a lenda vira fato E se faz acreditar
    Tanta coisa sendo dita fruto da imaginação
    Mas o fato vira lenda
    Exagero sem perdão
    Língua, arcabouço dos seres
    E de loucos quereres
    Guardiã do saber
    Língua, armazém de curares

    Nos tempos e lugares
    Perpetua o dizer
    Dizem que a chuva lava
    E que a moda é passageira
    Dizem que a polícia leva
    E é melhor não dar bandeira
    Dizem que a saudade mata
    E que a cama faz o mito
    Dizem que a memória é ingrata
    E o do outro é mais bonito
    Tanta coisa que se ouve pelo dito popular

    Mas a lenda vira fato
    E se faz acreditar
    Tanta coisa sendo dita fruto da imaginação
    Mas o fato vira lenda
    Exagero sem perdão
    Língua, arcabouço dos seres
    E de loucos quereres
    Guardiã do saber
    Língua, armazém de curares
    Nos tempos e lugares
    Perpetua o dizer

    E que o tempo apaga tudo
    Dizem que a paixão é brega
    E o diabo é chifrudo

    Tanta coisa que se ouve pelo dito popular
    Mas a lenda vira fato
    E se faz acreditar
    Tanta coisa sendo dita fruto da imaginação
    Mas o fato vira lenda
    Exagero sem perdão

    Língua, arcabouço dos seres
    E de loucos quereres
    Guardiã do saber
    Língua, armazém de curares
    Nos tempos e lugares
    Perpetua o dizer

    Dizem que a chuva lava
    E que a moda é passageira
    Dizem que a polícia leva
    E é melhor não dar bandeira
    Dizem que a saudade mata
    E que a cama faz o mito
    Dizem que a memória é ingrata
    E o do outro é mais bonito

    Tanta coisa que se ouve pelo dito popular
    Mas a lenda vira fato
    E se faz acreditar
    Tanta coisa sendo dita fruto da imaginação
    Mas o fato vira lenda
    Exagero sem perdão

    Língua, arcabouço dos seres
    E de loucos quereres
    Guardiã do saber
    Língua, armazém de curares
    Nos tempos e lugares
    Perpetua o dizer

  • 12 SEM MALANDRAGEM

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    Ficha Técnica Guitarra: WADO Teclados: DINHO ZAMPIER Programações: PEDRO IVO EUZÉBIO Baixo: BRUNO RODRIGUES Bateria: RODRIGO PEIXE Produção: WADO e PEDRO IVO EUZÉBIO Arranjo: COLETIVO Gravada e mixada por PEDRO IVO EUZÉBIO no Half Pool Studio (Maceió-AL)

    SEM MALANDRAGEM
    Por Wado

    Tá de brincadeira comigo, meu bem?
    Você tá de sacanagem
    Fale sério ao menos uma vez que faz bem
    Não aceito malandragem

    Eu vou acertar sua rota
    Você vai se endireitar
    Não dá pra viver à margem
    Só de vadiagem
    Só de esculhambar

    Tá de brincadeira comigo, meu bem?
    Você tá de sacanagem
    Fale sério ao menos uma vez que faz bem
    Não aceito malandragem

    Não entro mais em lorota
    Agora vou lhe enquadrar
    Delete a choradeira
    Deixe de besteira
    Deixe de lombrar

  • 13 CAJU

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    Ficha Técnica Guitarra, Guitarra Barítono e Violão: WALTER VILLAÇA Produção e Arranjo: SELMA GILLET e WALTER VILLAÇA Base gravada por WALTER VILLAÇA no VILLAÇA Estúdio (Rio de Janeiro-RJ) Voz gravada por EDEN no VMH Estúdio (Rio de Janeiro-RJ) Mixada por EDEN no VMH Estúdio

    CAJU
    Por Selma Gillet

    Estamos aí
    Levando porrada na cara
    Catando os cacos de vidro
    Minguando e querendo o luar

    Estamos aí
    Um bando de desinibidos
    Buscando aplausos, gemidos
    Dançando e querendo o luar

    O poeta está por aí
    O poeta não pode parar
    O poeta tem mais que parir
    Grito forte jogado no ar
    Nosso tempo então há de vir
    E esse tempo não pode parar
    Nesse tempo têm mais que surgir
    Mil cajus pr’o amor vir cantar

    Estamos aí
    Tentando aprender a ser gente
    Sangrando esse mundo doente
    Rasgando cordões umbilicais

    Estamos aí
    Palhaços, mendigos e fadas
    Em meio a cartas marcadas
    Nos bares e nas catedrais

    Acorda, menino
    Deixa o medo bobo
    Corre pra vida, vem
    Desperta desse sonho
    Que o boi da cuca preta
    Não pega mais neném

  • 14 DIFERENTE

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    Ficha Técnica Guitarra e Vocal: FABIANO KRIEGER Baixo e Vocal: BRUNO DI LULLA Bateria, Percussão e Vocal: RAFAEL ROCHA Vocal: BEM GIL Produção: ESTEVÃO CASÉ Arranjo: COLETIVO Gravada por JOÃO RIBEIRO e mixada por ESTEVÃO CASÉ no Estúdio Palco (Rio de Janeiro-RJ)

    DIFERENTE
    Por Silvia Machete

    Tudo o que eu quero mesmo, vou atrás
    Nada que me vem tão fácil satisfaz
    Muito para mim é pouco e eu quero é mais
    Se você vier comigo, vai ser demais

    E se o mal no mundo agora é o egoísmo
    Disso eu tô fora, detesto cinismo
    Se eu vim pra vida foi mais pra brincar, pular, gozar, cantar
    Por isso, faço o meu momento e vou seguindo em frente
    Muita gente me acha um tanto diferente
    Mas é que as escolhas vão me alimentar, curar, salvar, guardar

    Bote fora
    Tudo o que não presta
    Jogue fora
    O que não vale a pena
    Mande embora
    O melhor da vida é brincar, pular, gozar, cantar

    Bote fora
    Tudo o que não presta
    Jogue fora
    O que não vale a pena
    Mande embora
    Suas escolhas vão alimentar, curar, salvar, guardar

  • 15 VIAGEM ARRETADA

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    Ficha Técnica Guitarra Elétrica: EDER SANDOLI Baixo Elétrico: ZAZA AMORIM Acordeão: LULINHA ALENCAR Bateria: MIGUEL ASSIS Percussão: BETINHO SODRÉ Vocais: IRIS SALVAGNINI e LUANDA Produção: JARBAS MARIZ e ANGELA GARCIA Arranjo: JARBAS MARIZ e ZAZA AMORIM Gravada e mixada por BETO MENDONÇA no Estúdio 185 (São Paulo-SP)

    VIAGEM ARRETADA
    Por Jarbas Mariz 

    A gente sabe que não é mais nenhum menino
    Que já não tem tanto tempo pra correr
    Atrás de bola, de mulher e de birita
    Até a pança tá ficando esquisita

    A gente sabe que não é mais nenhum menino
    Que já não tem tanto tempo pra perder
    Com ‘brigaiada’, chororô e parasita
    Não adianta mais ficar fazendo fita

    Muito tenho pra contar
    Eu aprontei, desafiei, fui valentão
    Botei na mala o verbo amar
    Mas derrapei nas quebradas do sertão
    Agora vou desabafar
    E por favor não atropele o meu baião
    Esse baião que vem do fundo do querer
    Que sai do peito como chuva de verão
    E se quiser me escutar
    Vai aprender que o tempo passa num senão
    A gente corre, voa, luta, segue atrás
    E o menino se perdeu na imensidão

    Êta que a viagem é arretada
    Êta, nem vai ter pra descansar
    Êta, tô aqui só de passagem
    Não me iludo porque sei onde vai dar
    Êta que a saudade é bonita
    Êta, não me canso de cantar
    Êta, vejo tudo feito um filme
    Que eu assisto e ao mesmo tempo estou lá

    Por Tantas Vozes CD 2

  • 01 MEU CHORO

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    Ficha Técnica Teclados e Violão Tenor: MARIO MANGA Violão de 7 Cordas: EDMILSON CAPELUPI Clarinete: UBALDO VERSOLATO Percussão: ADRIANO BUSKO Produção e Arranjo: MARIO MANGA Gravada e mixada por MARIO MANGA no Estúdio Tamos Aí (São Paulo-SP)

    MEU CHORO
    Por Ná Ozzetti

    Um choro alegre só se faz com cavaquinho
    Com o som da flauta
    Com sol no pinho
    Um choro alegre só se faz com emoção
    E é por você que escrevo agora esta canção

    E muito eu peno, me descabelo
    Tô me sentindo feito São Sebastião
    Vida separa, o amor é elo
    Você nem para pra pensar na situação

    Dê liberdade a um pobre passarinho
    Que verga alto, geme baixinho
    Só esse choro me ameniza a solidão
    Por isso eu canto, meu coração
    (Quem sabe achei a solução?...)

  • 02 O UM

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    Ficha Técnica Violão: RONALDO RAYOL Piano Acústico e Flauta: HANILTON MESSIAS Contrabaixo: FABIO CANELLA Bateria e Percussão: NAHAME CASSEB Produção: CARLOS NAVAS Arranjo: RONALDO RAYOL Gravada e mixada por UMBERTO CAREZZATO SOBRINHO no Carbonos Studio (São Paulo-SP)

    O UM
    Por Carlos Navas

    Cuidado pra não se entregar na primeira derrota
    O mundo é bom
    Vale insistir
    O que mais existe é gente com muita lorota
    Abaixe o tom
    Tente me ouvir

    Você tem que dar de novo uma chance
    Bondade sempre esteve ao seu alcance
    Aquilo que doeu dá pra esquecer
    Só depende de você
    É melhor recomeçar
    Olhe aí, vamos lá!
    Às vezes é melhor voltar atrás
    Para o coração ter paz
    E aprender o que é amar

    Não, não faz mal
    Esse papo não é para ser mais um
    É o um
    Não, não faz igual
    Vá sabendo que sempre é tempo de se tocar
    A razão é um ponto de vista
    Só ganha aquele que arrisca
    E o jogo ainda vai dar o que falar
    Você pode achar o coringa
    Mas saiba que perde quem vinga
    Então o melhor a fazer é perdoar

  • 03 NÃO VALE A PENA

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    Ficha Técnica Teclados, Baixo, Guitarra, Samplers e Programação: RICARDO SAPORSKI Guitarra Solo: EDUARDO SAPORSKI Produção: ROGÉRIA HOLTZ e RICARDO SAPORSKI Arranjo: RICARDO SAPORSKI Gravada e mixada por RICARDO SAPORSKI na U-DOG Produtora de Áudio (Curitiba-PR)

    NÃO VALE A PENA
    Por Rogéria Holtz

    A carne é fraca, sim...
    Mas pra que a fortaleza?
    “Na hora do sexo o que importa é o amor” - o amor!

    Mas não me venha enumerar motivos
    Expor demorada reflexão
    Palavras que vêm
    Palavras que vão
    Palavras não selam o destino cruel de uma paixão

    A carne é fraca, sim...
    Mas pra que a fortaleza?
    “Na hora do sexo o que importa é o amor” - o amor!

    Mas não me traga papos furados
    Nem inconsequente explicação
    Palavras que vêm
    Palavras que vão
    Palavras não mudam o rumo certeiro da solidão

    Não vou mais ouvir
    Não vou mais quedar
    Não vou mais deixar que eu desvie da rota que quero
    Não vale a pena

    Não vou mais sentir
    Não vou mais voltar
    Na hora que eu quis, você me esnobou
    Agora não quero, você me envenena
    Passou o seu tempo pra ter meu amor
    Saia de cena

    ‘Cê me envenena

    Não vale a pena

  • 04 FELICIDADE

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    Ficha Técnica Violão: KLEBER ALBUQUERQUE Guitarra e Bandolim: ESTEVAN SINKOVITZ Acordeão, Contrabaixo e Vocal: RICARDO PRADO Produção e Arranjo: KLEBER ALBUQUERQUE Gravada por GABRIEL SÓSTER e mixada por KALIL no Tótem Estúdio (São Paulo-SP)

    FELICIDADE
    Por Kleber Albuquerque

    Pra ser feliz não é preciso muita coisa
    Basta apenas ter aberto o coração
    Passear pela vida bem de leve
    Dar valor tão somente ao que deve
    Fazer festa pra brotar a emoção

    Pra ser feliz não é preciso muita grana
    Nem se deitar com metade da nação
    Não adianta se levar muito a sério
    Não tem segredo nem mistério
    Felicidade é opção

    Pra que se perder emburrado
    E sofrendo um bocado
    Em nada vai melhorar
    O preto e branco pode ser colorido
    É só achar o sentido
    Mudar o ângulo do olhar

    É de se inebriar com o vento
    É de se entorpecer com o mar
    É saber que toda estrada tem curva
    E o bom é poder contornar

    É de se embriagar com a chuva
    É de se entontecer com o luar
    É um caminho que vem lá de dentro
    E que vale muito a pena buscar / E que vale a pena encontrar

  • 05 DRUMMONDIANA

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    Ficha Técnica Guitarra, Violão e Bandolim: DINO BARIONI Piano Acústico e Flauta: HANILTON MESSIAS Baixo: ANDRÉ SANTOS Bateria e Percussão: NAHAME CASSEB Percussão: DOUGLAS ALONSO Produção e Arranjo: ANDRÉ SANTOS Gravada e mixada por ADONIAS JR. no Estúdio Arsis (São Paulo-SP) Citação: “Canto para Oxalá” (tema afrocubano de tradição iorubá / domínio público)

    DRUMMONDIANA
    Por Fabiana Cozza

    Tinha uma pedra no meio do meu caminho
    Tinha uma pedra no meio do meu caminho

    Eu poderia voltar atrás
    Ou escolher outras mil estradas
    Mas resolvi chutar a pedra e seguir sozinho

    Tinha uma pedra no meio do meu caminho
    Tinha uma pedra no meio do meu caminho
    Não estariam a enxergar demais
    Minhas retinas tão fatigadas
    Quando optei por seguir viagem qual passarinho

    Não foi a primeira que me apareceu na vida
    Decerto também não vai ser a derradeira
    O importante é estar preparado
    Pedras existem por todo lado
    E sendo esperto dá pra levá-las na brincadeira
    É importante não ser açodado
    Nem tudo é como o ansiado
    Com coragem dá pra livrá-las de baleadeira

  • 06 CANTO PRA JUREMA

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    Ficha Técnica Guitarra: ESTEVAN SANKOVITZ Contrabaixo Acústico: FÁBIO SÁ Bateria e MPC: GUILHERME KASTRUP Produção: VANGE MILLIET Arranjo: COLETIVO Gravada por GILBERTO ASSIS e mixada por VANGE MILLIET no Estúdio Outra Margem (São Paulo-SP)

    CANTO PRA JUREMA
    Por Vange Milliet

    Quando eu tava na ladeira
    Namorando numa boa
    Vez em quando alguém gritava
    Que eu era assim à toa

    Pode falar que eu não ligo
    Quero mais é ser feliz
    Minha história eu que faço
    E cada qual com seu nariz

    Ê, quem tem medo de cara feia?
    É para os lados de lá
    Ê, quem não pode enfrentar, arreia
    Eu que não vou me entregar

    Fim do mês já tá chegando
    Minhas contas eu que pago
    Quem não gosta, mude a rota
    Pra não ver o meu afago

    Deve ser a tal da inveja
    Que ainda mata essa gente
    Esse povo não suporta
    Em me ver assim contente

    Ê, quem tem medo de cara feia?
    É para os lados de lá
    Ê, quem não pode enfrentar, arreia
    Eu que não vou me entregar

    Na ladeira, à toa
    - Jurema, deixa a vida levar!
    Sou bem mais feliz
    - Jurema, deixa a vida levar!
    Minha história é boa
    - Jurema, deixa a vida levar!
    Mando em meu nariz

    Minhas contas pago
    - Jurema!
    Pra dó dessa gente
    Amo um afago
    - Jurema!
    Vivo bem contente

  • 07 SETE ONDAS

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    Ficha Técnica Violão: ZÉ RENATO Produção e Arranjo: ZÉ RENATO Gravada e mixada por LUÍS PAULO SERAFIM no Estúdio Bruno Cardoso (São Paulo-SP)

    SETE ONDAS
    Por Zé Renato

    Sete ondas pra pular, Sinhazinha
    Sete vidas pra gozar, ô
    Sete vezes namorar lá na cozinha
    Sete doces pra engordar

    Sete histórias pra contar, Senhorinha
    Sete pecados pra tentar, ô
    Sete sementes a brotar na sua vinha
    Sete mentiras pra montar

    Dá-lhe amor
    Cadê o amor?
    Tá lá no mar!
    Me traz o amor
    Diz que é uma flor
    Pra me enganar...

    Lá na mata o sabiá só gorjeia
    Quando a Lua vem brincar, ô
    Lá na mata o sabiá só gorjeia
    Quando a Lua vem brincar

  • 08 CARRAPATO

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    Ficha Técnica Violão: PEDRO SILVEIRA Violão de 7 Cordas: DIOGO SILI Cavaquinho: MARCOS TANNURI Flauta e Sax: VITOR MOTTA Percussão: ANDRÉ VERCELINO Produção e Arranjo: PEDRO SILVEIRA Gravada e mixada por CARLINHOS SIGNORELI no Estúdio CriaSons (Rio de Janeiro-RJ)

    CARRAPATO
    Por Elza Soares

    Larga do meu pé, carrapato
    Vê se desencarna, seu ingrato
    Que eu não vou mais ouvir tua ladainha

    Sai daqui, me deixa no ato
    Vai pra lá, rasguei nosso trato
    Que eu agora já não tô mais sozinha

    Valorizei o meu passe
    Joguei o meu charme e aí rolou
    - Se rolou!
    Não vou mais cair no teu embace
    O desenlace
    É que teu tempo acabou
    Quem sabe ainda achas uma bisca
    Pra te dar casa e comida e algum amor
    Mas risque o meu nome da tua lista
    Porque pra mim o que passou, passou

    Amor
    Não vai adiantar
    Amor
    Põe outra em meu lugar
    Amor
    O teu disco tá arranhado
    Trata de mudar
    Quem sabe até trocar de lado
    Eu tô numa boa
    Tua insistência é um enfado

    Amor
    Não vai adiantar
    Amor
    Pus outro em teu lugar
    Amor
    Vê se enfim cai na real
    Para de implicar
    Até que eu não te quero mal
    Parte numa boa
    E me deixe aqui legal

    Larga do meu pé, carrapato!

  • 09 QUASE BREGA

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    Ficha Técnica Piano: CIDA MOREIRA Produção: OMAR CAMPOS Arranjo: CIDA MOREIRA Gravada e mixada por OMAR CAMPOS no Estúdio Arte Brasil (São Paulo-SP)

    QUASE BREGA

    Sabe o que eu descobri quando te encontrei?
    Que existe um lado brega em mim que agora eu sei
    E já não tenho mais vergonha
    Meu eu quer que eu me exponha
    E assim vou mergulhando fundo na emoção
    O teu amor me fez viver um sonho tão bonito
    E agora eu posso ter as coisas que eu acredito
    Mais vale é o sentimento
    E eu quero todo esse momento
    Pra abrir de vez as portas loucas do meu coração
    Vida, hoje não sou mais sozinho
    Pois tenho comigo o teu carinho
    Nunca que pensei em te encontrar
    Mas no encanto desse olhar
    Vejo agora o meu crescer
    Falem, digam, berrem, nada ouço
    Saiba que me sinto até mais moço
    Os outros não importam pra nós dois
    Não tem antes nem depois
    Tu me deste o renascer
    Amor, pode o mundo se acabar
    Mas se tu comigo estás
    Tô feliz feito um menino
    Ouça e entenda este recado:
    Tua entrada em minha vida
    Estava escrita em meu destino

  • 10 MOLEZA

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    Ficha Técnica Violão, Violão de 12 Cordas e Percussão: EUGENIO DALE Baixo: GASTÃO VILLEROY Violoncelo: MARÁ Produção e Arranjo: EUGENIO DALE Gravada e mixada por EUGENIO DALE e RODRIGO VIDAL no Estúdio Pactocombaco (Rio de Janeiro-RJ)

    MOLEZA
    Por Eugenio Dale

    Não venha pra cima de mim com essa moleza
    Não pense que ainda me engana com sua beleza
    Eu hoje quero mais
    Cansei de ser quem corre atrás
    Pretendo apenas lhe manter a vista

    Faz tempo que eu sempre tento ser sua presa
    Mas nunca que nessa história ‘cê vira a mesa
    Eu hoje quero mais
    Cansei de ser o bom rapaz
    É hora de ficar fora da pista

    Eu gosto mesmo é do escondido
    Pode de vez me achar perdido
    Que eu não vou me envergonhar
    Eu gosto é de correr perigo
    E que me colem no umbigo
    Pra ver no fim aonde vai dar

    Não venha pra cima de mim com essa moleza
    Não pense que não me tenta com sua beleza
    Mas hoje quero mais
    Cansei de ser quem corre atrás
    É hora de ficar fora da pista

    Eu curto mesmo é o extravagante
    Abuse deste doido amante
    Que eu tô aqui pra me entregar
    Eu topo até um bom fetiche
    E se quiser então me piche
    Pra ver no fim aonde vai dar
    Engate essa primeira
    Que eu tô de bobeira e vou provar
    De tudo o que essa vida tem de bom pra mostrar
    Agora, deixe de besteira
    Que eu fico no meu lugar
    Caio na brincadeira onde sempre quis estar

    Eu curto mesmo é o extravagante
    Abuse deste doido amante
    Que eu tô aqui pra me entregar
    Eu gosto mesmo é do escondido
    Pode de vez me achar perdido
    Que eu não vou me envergonhar (me envergonhar, jamais)

  • 11 NA BOA

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    Ficha Técnica Craviola, Piano Acústico e Teclados: RONALDO RAYOL Baixo: ERIC BUDNEY Percussão: LEANDRO PACCAGNELLA Produção: CARLOS NAVAS Arranjo: RONALDO RAYOL Gravada e mixada por UMBERTO CAREZZATO SOBRINHO no Carbonos Studio (São Paulo-SP)

    NA BOA
    Por Tetê Espíndola

    Eu quero um amor leve
    Que quando pise em mim, não doa
    Quero um amor canoa
    Que me leve pro mar
    Na boa
    Quero amar a pessoa
    Que mora em meu sonho
    E voa
    Me faz sentir na pele
    O canto do ar que o vento
    Entoa

    Enquanto puder querer, eu vou tentar
    Decerto que com você dá pra aguentar
    Seu riso me dá prazer, me faz gozar
    Como é bom saber viver e levitar

  • 12 NOVES FORA

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    Ficha Técnica Vozes: ANDREA DUTRA, CACALA CARVALHO, ELISA QUEIRÓS, MURI COSTA e PAULO MALAGUTI Violão e Teclado: MURI COSTA Piano: PAULO MALAGUTI (PAULEIRA) Cavaco: PEDRINHO MONTEIRO Bateria e Percussão: MARCELO COSTA Produção: MURI COSTA Arranjo: PAULO MALAGUTI Gravada e mixada por MURI COSTA no Estúdio MC (Rio de Janeiro-RJ)

    NOVES FORA
    Por Grupo Arranco de Varsóvia

    O que pra você é grife
    Para mim é enrolação
    O que diz amor eterno
    Para mim foi só tesão
    Noves fora as diferenças
    Temos admiração
    E o que vale é a certeza
    De que ninguém tem razão

    O que pra você é lindo
    Pra mim é remediado
    Onde vê o suprassumo
    Pra mim é um pobre coitado
    Noves fora as diferenças
    Desdizemos o ditado
    É pior ficar sozinho
    Do que mal acompanhado

    Se um não quer
    Não há como obrigar
    Mas se quiser
    Sempre dá pra ajeitar
    Tá tudo bem
    É melhor deixar pra lá
    E ficar zen
    Mesmo se não concordar
    O que pra você é fácil
    Para mim é bem complexo
    O que acha que é côncavo
    Para mim só dá convexo
    Noves fora as diferenças
    Tudo pode ter um nexo
    E antes que fique com raiva
    Aqui vai o meu amplexo

    Se um não quer
    Não há como obrigar
    Mas se quiser
    Sempre dá pra ajeitar
    Tá tudo bem
    É melhor deixar pra lá
    E ficar zen
    Mesmo se não concordar

  • 13 INCENDIADO

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    Ficha Técnica Violão: JOSIMAR CARNEIRO Acordeão: KIKO HORTA Bandolim: MARCÍLIO LOPES Baixo Elétrico: JORGE OSCAR Bateria e Percussão: ANDRÉ BOXEXA Produção e Arranjo: JOSIMAR CARNEIRO Gravada e mixada por DANIEL VASQUES no Estúdio Tenda da Raposa (Rio de Janeiro-RJ)

    INCENDIADO
    Por Mariana Baltar

    Ô gente fina, não se zangue nem se afobe
    Agora é a hora de o cabrito vir berrar
    A cara é dura e o coco é mole, não me enrole
    Chegou o tempo: a jurupoca vai piar

    Moleque doido, tenha calma, use a mente
    Só vai pra frente quem conhece o caminhar
    Não se incomode com meu jeito incendiado

    Um dá de lado, outro não dá pra segurar

    Áh, meu!
    Tanto que eu te pintei de santo
    E o limbo é fato
    Acaso do lumiar
    Afaguei o meu ego cego
    Mas nego agora o fora
    Que tu me ‘deu’ de amar

    Arre diacho, que cantiga esquisita
    Seja bendito e bem cantado este cantar
    A sina é prosa, espinho e rosa, atrevida
    Eu tô com a vida e não me canso de aprontar

    Áh, meu!
    Tanto que eu te pintei de santo
    E o limbo é fato
    Acaso do lumiar
    Afaguei o meu ego cego
    Mas nego agora o fora
    Que tu me ‘deu’ de amar

  • 14 BAGACEIRA

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    Ficha Técnica Programação e Caxixi de Boca: ORTINHO Programação, Guitarra e Baixo: YURI QUEIROGA Sax Tenor: MAESTRO SPOK Trompete: PAPALÉGUAS Trombone de Vara: MARCONE TULIO Produção: ORTINHO Arranjo: ORTINHO e YURI QUEIROGA Arranjo de Metais: MAESTRO SPOK Gravada por CHINA e ANDRÉ OLIVEIRA nos Estúdios Das Cavernas e Musak (Recife-PE) Mixada por ANDRÉ OLIVEIRA no Estúdio Musak

    BAGACEIRA
    Por Ortinho

    Hoje eu vou sair na bagaceira
    Vou me esbagaçar é com você
    Não tenho certeza mais de nada
    Tudo o que eu quero é só prazer
    Troco o meu salário por um dia
    Dessa alegria de viver
    Mas faço questão de tê-la ao lado
    Pois só assim vale enlouquecer

    Se a banda passa eu acho graça
    Tenho certeza de que não é só cachaça
    Mas fica bom quando você me abraça
    E eu quero ver a gente se esbaldar
    Se o povo fala, não tem problema
    A euforia é que vai roubar a cena
    Sei que minha alma não é pequena
    E eu quero ver o mundo se acabar

    Dar bandeira pra quê
    Dar bandeira pra quê
    Nossa bandeira é de paz
    Sou muito mais eu e você

    Dar bandeira pra quê
    Dar bandeira pra quê
    Nossa bandeira a gente faz
    E ‘vale mais’ eu e você

  • 15 O CENTRO

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    Ficha Técnica Teclados (Piano, Cordas, Programação de Bateria e Percussão): TÂNIA BICALHO Produção e Arranjo: TÂNIA BICALHO Gravada e mixada RICARDO REZENDE (KIKO) no Nave Studio (Juiz de Fora-MG)

    O CENTRO
    Por Tânia Bicalho

    Tudo tem um centro
    A Terra, o cérebro, a sua família
    O fruto, a célula, a sala
    As atenções e até a matilha
    O poder e a disputa
    As coisas que existem dentro
    O prazer e a labuta
    Tudo isso tem um centro

    E no centro de cada coisa
    O que será que há?
    Magma, amor, matéria
    Desejo de conquistar
    Tesão, suor, história
    E um jogo que faz buscar
    O algo que é indizível
    Mas não cansa de investir
    No homem com a sua ideia
    Que é o centro do existir

    Por Tantas Vozes CD 3

  • 01 AMOR DE DOIS

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    Ficha Técnica Guitarra e Cavaquinho: CHICO CÉSAR Acordeão e Baixo: RICARDO PRADO Percussão: GUGUÉ MEDEIROS e PRISCILA BRIGANTE Produção e Arranjo: CHICO CÉSAR Gravada e mixada por MAÍRA MARTUCCI no Estúdio Etéreo das Recordações de Chita (São Paulo-SP)

    AMOR DE DOIS
    Por Chico César

    Quando eu me lembro da tua boca linda
    Teu peito perto do meu coração
    Me dá vontade de enfrentar o mundo
    De ir mais fundo
    E perder a razão
    Me dá vontade de enfrentar o mundo
    De ir mais fundo
    E perder a razão

    Quando eu lembro que já foste minha
    E que agora deitas com um outro alguém
    Eu me seguro pra não dar bandeira
    Não fazer besteira
    E ir mais além
    Eu me torturo por ter te perdido
    Não ter percebido
    Que eras o meu bem

    Amor de dois
    E eu não sou um
    Passou da hora
    Tô em jejum
    Amor de dois
    Perdi o trem
    Fiquei de fora
    Feito xerém

  • 02 CONSAGRAÇÃO

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    Ficha Técnica Piano: ROBERTO BAHAL Baixo Elétrico: JOÃO MARIO MACEDO Sax Tenor: GEORGE DE OLIVEIRA Trompete: LULU FERREIRA Trombone: SAMUEL RAMOS Bateria: BUMBS Percussão: THIAGO THOMÉ Produção e Arranjo: ROBERTO BAHAL Gravada por RICARDO DUNA no Estúdio Verde (Rio de Janeiro-RJ) Mixada por ANDRÉ AGRA, ROBERTO BAHAL e EDUARDA FADINI no Estúdio Saladesom (Rio de Janeiro-RJ)

    CONSAGRAÇÃO
    Por Eduarda Fadini

    Não
    O amor não pode mais esperar
    O amor é feito de consagração
    Não tem mais tempo
    Não tem mais jeito
    E se quiser vai ter que se dar
    Não
    O amor não pode mais esperar
    O amor é feito de pura atenção
    Não tem remendo
    Não tem defeito
    E se quiser vai ter que peitar

    Tem olho de tudo que é lado olhando um bocado
    E o povo a gretar
    Tem boca de tudo que é jeito por puro despeito
    Querendo brecar

    Não
    O amor não pode mais esperar
    O amor é feito de consagração
    Não tem mais tempo
    Não tem mais jeito
    E se quiser vai ter que se dar
    Não tem remendo
    Não tem defeito
    E se quiser vai ter que peitar

    Tem olho de tudo que é lado olhando um bocado
    E o povo a gretar
    Tem boca de tudo que é jeito por puro despeito
    Querendo brecar

    Ninguém manda em seu coração
    Nem paga a sua prestação
    Sua vida pertence a você
    Então viva com muito prazer
    Sua vida pertence a você
    Então viva com muito prazer

  • 03 O MEU AMOR

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    Ficha Técnica Violão de Aço: ALEXANDRE MORAES Baixo Acústico: LIPE PORTINHO Violoncelo: HUGO PILGER Produção: LOCCA FARIA Arranjo: LIPE PORTINHO Gravada e mixada por ALEXANDRE HANG no Drum Studio (Rio de Janeiro-RJ) Selma Reis gentilmente cedida por LScomm

    O MEU AMOR
    Por Selma Reis

    Onde será que se esconde o meu amor
    O meu amor se esconde
    Onde
    Onde encontrá-lo perdido
    E trazê-lo meu vizinho
    Será que me espera acordado
    Longe

    Será que espera por mim o meu amor
    O meu amor me espera
    Quando
    Quando partir para longe
    E voltar não mais sozinho
    Quero dormir ao seu lado
    Hoje

    Rua
    Encontrei-o à luz da lua
    Veio calmo como a brisa
    E veloz como a paixão
    Certo
    Galopando a céu aberto
    De perfeito nem avisa
    Se é real ou ilusão

    O meu amor não se esconde mais de mim...

  • 04 ARTERIAL

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    Ficha Técnica Guitarra, Cavaco, Baixo Acústico, Arco, Beatbox e Hammond: CABRAL Produção e Arranjo: CABRAL Pós-produção e Efeitos: D vBz Gravada e mixada por D vBz no Estúdio Finetuning (São Paulo-SP)

    ARTERIAL
    Por Verônica Ferriani

    Ontem eu vi você no Jornal Nacional
    Deu uma saudade tão grande
    Que eu até passei mal
    Acho que a pressão subiu
    A tal da arterial
    E eu fiquei assim tão tonta
    Não bateu uma legal

    Ai, amor
    Dói ...
    É demais a sua falta
    Ai, amor
    Rói...
    Essa saudade maltrata
    Ai, amor
    Dói ...
    É demais a sua falta
    Ai, amor
    Rói...
    Essa saudade me mata

    Hoje eu sei que a vida nos teceu sem igual
    Mas que custou um bocado
    Pra eu entrar na real
    Se a Terra é mesmo redonda
    Vou girar no final
    Zonza, cair em seus braços
    Pra voltar ao normal

  • 05 ATREVIDO E CURIOSO

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    Ficha Técnica Violão: DANIEL GONZAGA Viola de 10 Cordas: JOÃO GASPAR Piano e Acordeão: RICARDO DUNA Produção e Arranjo: DANIEL GONZAGA Gravada e mixada por RICARDO DUNA nos Estúdios Verde (Rio de Janeiro-RJ) e Meio do Mato (Miguel Pereira-RJ)

    ATREVIDO E CURIOSO
    Por Daniel Gonzaga

    Ainda bem que eu sou moleque atrevido
    E nunca durmo sem discutir a razão
    De tudo um pouco eu aprendo, eu duvido
    Corro atrás, fuço e decido
    Nunca que eu desisto, não!

    Ainda bem que eu sou moleque curioso
    E não me aquieto sem achar a solução
    Tanto mistério no mundo maravilhoso
    Me deixa sempre mais teimoso
    Nunca que eu desisto, não!

    Ainda bem que eu tenho uma vida inteira
    Pra conquistar o coração dessa mulher
    Parece até que é uma coisa assim certeira
    Mas saiba ao certo é brabeira
    Não é para qualquer Zé

    Ai, ai, ai, ai
    Quem dera fosse bem mais doce o caminhar
    Ai, ai, ai, ai
    Mas fosse doce eu bem podia enjoar
    Ai, ai, ai, ai
    Quem dera fosse bem mais fácil ela querer
    Ai, ai, ai, ai
    Mas fosse fácil eu não iria conhecer

  • 06 REPLAY

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    Ficha Técnica Violão e Violão de 12 Cordas: EUGENIO DALE Baixo: GASTÃO VILLEROY Acordeão: MARÁ Percussão: RODRIGO PACATO Produção: EUGENIO DALE e RODRIGO VIDAL Arranjo: EUDENIO DALE Gravada e mixada por RODRIGO VIDAL no Estúdio Pactocombaco (Rio de Janeiro-RJ)

    REPLAY
    Por Anna Ratto

    Quando sigo seu rastro
    E nunca lhe encontro, dói
    Não sei o que fazer
    Com essa coisa que me corrói
    É ciúme, é desejo, é vingança
    É muito mais
    Não sei o que fazer
    Com essa coisa que ‘cê me faz

    Ai, ai, ai
    Apague esse fogo de amor que me pegou
    E é tanto que já não cabe em mim
    Não posso continuar assim

    Quem sabe um replay resolve tudo
    E o tempo sossega esse nosso coração
    Arrisca nova tentativa com jeitinho
    Pra chegar no amor sem queimar essa paixão
    Por Anna Ratto

  • 07 CONECTADO

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    Ficha Técnica Guitarra: RODRIGO BITTENCOURT Programação, Sintetizador e Samplers: SACHA AMBACK Produção: SACHA AMBACK Arranjo: SACHA AMBACK e RODRIGO BITTENCOURT Gravada e mixada por SACHA AMBACK no Estúdio Na Vitrola (Rio de Janeiro-RJ)

    CONECTADO
    Por Rodrigo Bittencourt 

    Agora a moda é ficar o tempo todo
    Conectado, conectado, conectado
    Agora a moda é ficar o tempo todo
    Interligado, interligado, interligado 

    Agora a moda é cada um na sua
    Com a galera cada vez mais nua
    Montar um grupo de pagode
    Vender o corpo pra aparecer
    Agora a moda é chamar o ibama
    Ser BBB pra ganhar a fama
    Xingar o mundo pra dizer que pode
    Sei lá o quê 

    Agora a moda é ficar o tempo todo
    Conectado, conectado, conectado
    Agora a moda é ficar o tempo todo
    Extasiado, extasiado, extasiado 

    Agora a moda é ser corneado
    Falar que é amigo o namorado
    E beijar muito na micareta
    Malhar de boa até explodir
    Agora a moda é pôr silicone
    E alugar um otário para ser seu clone
    Matricular-se em curso de etiqueta
    E se exibir 

    Agora a moda é ter tatuagem
    Fazer de tudo pra levar vantagem
    Assumir que é GLS
    Pagar chapinha para alisar
    Agora a moda é ser naturista
    Posar de i-pod em capa de revista
    Admitir que sofre de estresse
    E faturar

  • 08 CADA

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    Ficha Técnica Teclados: FABIO FONSECA Baixo Elétrico: PEDRO LEÃO Trombone Yamaha: RAUL DE SOUZA Bateria: MAC WILLIAN Percussão: MAC WILLIAN e ARNALDO DESOUEIRO Produção e Arranjo: ARNALDO DESOUTEIRO Gravada por GERALDO BRANDÃO nos Estúdios Jardim Magnético (Petrópolis-RJ) e AudioLume (Rio de Janeiro-RJ) Mixada por GERALDO BRANDÃO, ARNALDO DESOUTEIRO, ITHAMARA KOORAX e FABIO FONSECA no Estúdio AudioLume Ithamara Koorax gentilmente cedida por IRMA Records & Concord Music Group Fabio Fonseca e Arnaldo DeSouteiro gentilmente cedidos por Jazz Station Records (JSR) Raul de Souza gentilmente cedido por Biscoito Fino

    CADA
    Por Ithamara Koorax

    Cada ouvido ouve o que quer
    Cada boca fala o que bem quiser
    Cada sentido remete ao desejo
    Cada verdade se esvai com um beijo
    Cada paixão assumida é assombro
    Cada história traz mero escombro
    Cada pessoa reflete o seu mundo
    Pra cada mudança só basta um segundo

    Eu bem falei
    Não adianta engessar
    Por que você não entende
    É livre o pensar

    Eu bem falei
    Por isso é bom respeitar
    Cada um faz
    O que a consciência mandar

  • 09 PROMESSAS

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    Ficha Técnica Violões: RONALDO RAYOL Produção: CARLOS NAVAS Arranjo: RONALDO RAYOL Gravada e mixada por UMBERTO CAREZZATO SOBRINHO no Carbonos Studio (São Paulo-SP)

    PROMESSAS
    Por Alaíde Costa

    Nossos sonhos são promessas
    Que nos fazem levitar
    Nesses dias tão de pressa
    Se permita acreditar

    Nossos sonhos são só nossos
    Ninguém os terá por nós
    Faça deles instrumento
    Como o cantor, sua voz

    Tente com vontade
    Lute e em breve vai ver
    Que o seu desejo
    Urge e já irá acontecer
    A adversidade
    Surge que é pra se aprender
    Que nada é fácil
    Mas dá pra vencer

    Invista
    Insista
    Não corra
    Repare

    Siga
    Persiga
    Não morra
    Nem pare

  • 10 CANÇÃO DE AMOR

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    Ficha Técnica Violino: GLAUCO FERNANDES Violão: LULA WASHINGTON Contrabaixo: CLAUDIO ALVES Bateria: CÁSSIO ACIOLI Produção e Arranjo: GLAUCO FERNANDES Gravada e mixada por MEU REI no Estúdio Eco Som (São Paulo-SP)

    CANÇÃO DE AMOR
    Por Di Mostacatto

    Estão rareando as estrelas
    É o dia que chega
    E você não me vem
    Onde encontrarei a beleza
    Que não vejo em mais ninguém

    Eu lhe espero em todo cais
    Trago paz no coração
    Aguardo inteiro e incansável o amor
    Que vai curar minha solidão

    Canção de amor
    O vento traz
    Alegre ou triste
    Não se desfaz
    Canção de amor
    Ouço os sinais
    Você existe
    E é bom demais

  • 11 O NEGÓCIO É SÉRIO

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    Ficha Técnica Guitarra Baiana: RICARDO MARQUES Contrabaixo: NATINHO Bateria: DUDA SILVEIRA Produção: LUCIANO SALVADOR BAHIA e MARCIA CASTRO Arranjo e Programação Eletrônica: LUCIANO SALVADOR BAHIA Gravada e mixada por DUDA SILVEIRA no Estúdio WR (Salvador-BA)

    O NEGÓCIO É SÉRIO
    Por Marcia Castro

    Se você contar que vai, eu admito
    Se você então não for, eu dou um grito
    Se você bombar, amor, aí eu agito
    Mas se mandar um talvez, fica esquisito

    Se você falar que quer, está bem dito
    Se você achar que é, já me habilito
    Se você jurar, amor, eu deixo escrito
    Mas se voltar atrás, saiba que lhe frito

    Soa boazinha até quando baixa o “esprito”
    Mudo de tom na hora se eu me irrito
    Por isso mesmo é bom não contrariar
    Senão o caldo aqui pode entornar

    Dá beijinho, meu bem, que passa
    Só assim é que eu sossego
    Pode até parecer trapaça
    Mas eu juro: o negócio é sério

  • 12 SEXO

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    Ficha Técnica Piano: GABRIEL GRAVINA Contrabaixo Acústico: PABLO ARRUDA Bateria: CLARICE MACIEL Produção: GILSON MATO GROSSO Arranjo: COLETIVO Gravada e mixada por FÁBIO MOTTA e HEBER RIBEIRO no Castelo Studio (Niterói-RJ)

    SEXO
    Por Zéu Britto

    Pra bancar o bom
    Diz que só com amor
    Pra bancar a boa
    Diz que só com você
    Eu que já vivi de tudo com ardor
    Falo

    O que importa mesmo é o fazer
    É claro que com amor é bem melhor
    Mas sexo é bom de qualquer maneira
    Seja acompanhado, seja só
    No elevador, no carro ou na ladeira
    Vamos derramar nossa ousadia
    Ninguém vive neste mundo sem chamego
    Nem louco se proíbe esta alegria
    Sexo é o segredo do sossego

    Encaixa e deixa
    Estamos aqui de bobeira
    Relaxa e goza
    E vamos ter prazer a vida inteira

  • 13 GOLPE DE SORTE

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    Ficha Técnica Violão: TUNINHO GALANTE Violão de 7 Cordas: LUCAS PORTO Flauta: DENIZE RODRIGUES Cavaquinho: ANA RABELLO Acordeão: MARCELO CALDI Contrabaixo: JULIO FLORINDO Percussão: THIAGO DA SERRINHA e CLAUDIO BRITO Produção e Arranjo: TUNINHO GALANTE Gravada e mixada por VANDERLEI LOUREIRO e TUNINHO GALANTE no Estúdio Monique/Cedro Rosa (Rio de Janeiro-RJ)

    GOLPE DE SORTE
    Por Clarice Magalhães

    E aí, eu sei
    Foi um golpe de sorte
    Ganhar o passaporte
    Diretinho pro seu coração
    Custou um bocado
    Mas se foi o dia
    Em que essa Maria
    Se bastava somente com o pão

    Hoje exijo mais
    Também quero a cama
    Pois eu sou a dama
    Que você escolheu para amar
    É, não tem mais jeito
    Sou seu par perfeito
    Já moro em seu peito
    E cheguei aqui pra ficar
    É, não tem mais jeito
    Sou seu par perfeito
    Já moro em seu peito
    E cheguei aqui pra ficar

    Ai, meu rei
    O destino escreveu a lei
    E o carinho que eu tinha, dei
    Guarde com bem devoção

    Jesus, valei
    Após tudo o que eu passei
    O moreno que ora encontrei
    Vale mais do que um milhão

  • 14 SONHAR NÃO CUSTA NADA

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    Ficha Técnica Viola: PAULO FREIRE Baixo Elétrico Fretless: RICARDO MATSUDA Produção: ANA SALVAGNI Arranjo: PAULO FREIRE Gravada e mixada por ANDRÉ MAIS nos MM Estúdios de Gravação (Campinas-SP)

    SONHAR NÃO CUSTA NADA
    Por Ana Salvagni

    Desde pequeno a gente ouve tanta coisa
    Que todo rio sempre corre para o mar
    Que a formiga é quem trabalha
    E a cigarra se espalha
    Que o homem deve ser direito
    E respeitar

    E agora adulto vejo o quanto há pra fazer
    Toco viola que é pra ter o de comer
    O mundo é grande e o desejo até se perde na imensidão
    Mas aprendi que é sempre bom ter os pés no chão

    Sonhar, é vero, não custa nada
    A meta de cada um é ser feliz
    Não dá pra ter medo de alma penada
    Enquanto o “sabido” compra o juiz

    Sonhar, é vero, não custa nada
    No entanto, só com labuta é que se vence
    E embora seja enorme a estrada
    O nosso destino a Deus pertence

  • 15 TRALHA

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    Ficha Técnica Violão: FRED MARTINS Flauta e Piccolo: MARCELO MARTINS Percussão: MARCOS SUZANO Produção: FRED MARTINS Arranjo: FRED MARTINS e MARCELO MARTINS Gravada e mixada por JUNIOR CASTANHEIRA no Estúdio Ômega (Niterói-RJ)

    TRALHA
    Por Fred Martins

    Veja só como estou
    Foi você que deixou
    Minha cuca em torpor
    Me abalou
    Veja como eu fiquei
    Com você eu pirei
    Acho que eu já sei
    Dispensei

    Quem me mandou tomar a sopa
    Pôr a chaleira pra ferver
    Por que você tirou a roupa
    E desligou minha TV
    Já ouviu falar em simancol
    Não tem ideia de espaço
    Recolhe aquele guarda-sol
    Devolve a régua e o compasso

    Ora, vá caindo fora
    Tenho mais o que fazer
    Não vou sair de otário
    Marquei no calendário seu dia de escafeder
    Ora, vá caindo fora
    Demorei pra entender
    Que já passou do horário
    Pegue a tralha no armário e me livre de você

    Veja só como estou
    Foi você que deixou
    Minha cuca em torpor
    Me abalou
    Veja como eu fiquei
    Com você eu pirei
    Acho que eu já sei
    Dispensei

    Tá me deixando muito insano
    Eu que demoro a esquentar
    Não aguento mais nem um minuto
    Quero de volta o meu lugar
    Você é muito impertinente
    Devia era já ter se tocado
    Preciso de paz daqui pra frente
    Espero que entenda o meu recado

    Ora, vá caindo fora
    Tenho mais o que fazer
    Não vou sair de otário
    Marquei no calendário seu dia de escafeder
    Ora, vá caindo fora
    Demorei pra entender
    Que já passou do horário
    Pegue a tralha no armário e me livre de você

Aspas Afoxé, baião, blues, choro, ciranda, coco, fado, frevo, samba e xote são alguns ritmos do cancioneiro de Rubens Lisboa, natural de Aracaju (SE), ainda longe demais das capitais e do reconhecimento nacional a que faz jus pela qualidade dessa obra.
MAURO FERREIRA (jornalista e crítico musical)
Por Tantas Vozes
Apresentação Críticas Músicas

Depois de três CD’s que me deram muitas alegrias, mas que foram eminentemente trabalhos de banda, resolvi que estava na hora de fechar um ciclo – minha primeira trilogia – e partir para um disco no qual as canções se impusessem por si próprias, assumindo o foco principal.

 

Há tempos que venho pensando em fazer um álbum assim. Foi preciso, no entanto, um amadurecimento maior (tanto do artista quanto do ser humano) para que tivesse a certeza de que chegou a hora. Ancorado por um trio de músicos de ponta da música sergipana, pude passear tranquilo pela pluralidade de ritmos, característica de minha obra e da qual não abro mão. Não dá para explicitar em palavras a minha felicidade com o resultado.

 

Cada faixa traz um conceito particular que, no todo, termina por se irmanar de forma completa. Daí, o título “Arteiro” que, no finalzinho do segundo tempo, me foi soprado aos ouvidos pelos deuses da música quando tudo indicava um movimento à contramão.

 

São quatorze faixas, todas de minha autoria, que – como não poderia deixar de ser – dizem muito de mim.

Desta forma, entrego-me inteiro, mais uma vez, cônscio de que minha arte, além de emocionar e entreter, também tem a difícil porém necessária e instransponível missão de questionar.

Com um cheiro doce de âmbar,

 

Rubens Lisboa

aspas

Para todas as pessoas verdadeiramente talentosas e, em especial, para Carlos Navas e Ithamara Koorax, ídolos e amigos de fé.

Ficha Técnica

Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA e TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Direção de Arte / Projeto Gráfico: TEASER PROPAGANDA (ARACAJU/SE) Ilustrações: GUSTAVO SAGUZERA

Site - ZIRIGUIDUM

Quarto CD do compositor sergipano apresenta leque variado de ritmos

por Beto Feitosa

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Blog - NOTAS MUSICAIS

Lisboa vai do samba ao blues no álbum 'Arteiro'

por Mauro Ferreira

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    Arteiro

  • 01 CHAMEGO

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA

    CHAMEGO
    Rubens Lisboa

    Segura embaixo, cutuco por cima
    A onda vai te pegar
    Não sou um Gianechini, mas eu sei que vais gostar
    A água é mole, a pedra é dura
    E um dia há de furar
    Desejo não cessa e eu sempre tô nessa
    Doidinho pra te agarrar

    Segura embaixo, cutuco por cima
    A onda vai te pegar
    Não sou um Brad Pitt, mas eu sei: vou te ganhar
    A água é mole, a pedra é dura
    E um dia hei de furar
    Desejo não cessa e eu sempre tô nessa
    Prontinho pra te amassar

    Vem pra cá, Sá Menina
    Que um chamego assim é de endoidar
    Chega mais, Carolina
    O encanto da vida é aproveitar

    Vem pra cá, Sá Menina
    Que um chamego assim é de babar
    Chega mais, Carolina
    Maravilha, o problema é viciar

    O que era, já foi
    Se era, já foi
    Quem era saiu da linha
    O que era, já foi
    Se era, já foi
    Quem era veio brincar

    O que era, já foi
    Se era, já foi
    Quem era entrou na minha
    O que era, já foi
    Se era, já foi
    Quem era veio amar

  • 02 CORAÇÃO TAMBOR

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participação Especial: GILBERTO MOURA (flauta)

    CORAÇÃO TAMBOR
    Rubens Lisboa

    Bate coração, bate com carinho
    Bate no compasso do meu amor
    Bate coração, sem pedir licença
    Que a minha vida está a seu dispor
    Bate coração, sem ter piedade
    Que eu quero ouvir o som desse tambor

    Meu coração é tão dengoso
    Mas entra em desalinho sem eu perceber
    Há que se ter cuidado com um bem tão precioso
    Pois que com ele há sempre muito a aprender
    Meu coração é tão teimoso
    Mas sabe que o amor é a solução
    Dispara quando percebe um olhar malicioso
    Não dá mais pra segurar tanta pressão (não dá, não!)

    Meu coração
    Pulsa fagueiro
    Se entrega inteiro
    Fé e paixão
    Meu coração
    Segue certeiro
    Se faz arteiro
    Luz e canção

  • 03 MINHA PRESA

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participação Especial: ANDRÉ ARROYO (baixolão) e MARCUS VINICIUS (violão)

    MINHA PRESA
    Rubens Lisboa

    Eu posso raspar meus cabelos
    Pra ver se lhe chamo atenção
    Me jogo aos seus pés de joelhos
    Tem minha paixão

    Há tempos que venho tentando
    Parece até que não vê
    O quanto tô enfeitiçado
    Doido por você

    Às vezes eu nem me conheço
    Até me espanto de mim
    É tanto meu desassossego
    Não lembro ter sofrido assim

    Dê-me ao menos uma chance
    Pr’eu despertar o que sente
    Tente ficar bem mais atenta
    Pois então tudo vai ser diferente

    Tenho esta certeza
    Você é a princesa
    De tantos contos
    Digo com certeza
    Você é minha presa
    Entregue os pontos

  • 04 UM A ZERO

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participação Especial: JÚLIO REGO (gaita)

    UM A ZERO
    Rubens Lisboa

    Ela me diz pra eu ser sensato
    É chato ser herói
    Ela me manda ser adulto
    Eu fico puto e dói
    A coisa tá ficando feia e mais
    Toda palavra incendeia e traz
    Um clima ruim tipo gabola e dá
    Desejo de ficar assim
    De papo pro ar

    Carinhoso
    Eu sei que sou carinhoso
    Eu sempre fui amoroso
    Mas agora tô cansado
    Magoado
    Eu sei que tô magoado
    Eu sempre dei meu recado
    Mas agora tô nervoso
    E com sono

    Ela me diz pra eu ser um estouro
    Mas louro e lindo é o fim
    Ela me manda ir pra luta
    Bebo cicuta e gim
    Caio na dança, serpenteio e giro
    Do lado avesso, entro no meio e tiro
    Uma pomba da minha cartola e zás
    Ela então dorme assim
    De papo pro ás

  • 05 FIM DO MUNDO

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participações especiais: DIOGO MONTALVÃO (piano) e THIAGO SALVINO (violoncelo)

    FIM DO MUNDO
    Rubens Lisboa

    Lá no meio do fim do mundo
    Mora uma bela menina
    Me alucina, me malsina:
    Não me deixa um só segundo

    Bem no meio do fim do mundo
    Mora uma linda senhora
    Me deflora, me ignora:
    Não me deixa um só segundo

    Será que não me percebe
    Ou não quer nem me notar
    Será porque sou da plebe
    E ela é rica de danar
    Será que eu não a mereço
    Qual o preço do seu olhar
    Ou tem um coração de gesso
    E aí não tem como entrar...

    Lá no meio do fim do mundo
    Mora uma bela menina
    Me alucina, me malsina:
    Não me deixa um só segundo

    Bem no meio do fim do mundo
    Mora uma linda senhora
    Me deflora, me ignora:
    Não me deixa um só segundo

    Será que usa de despiste
    Ou tem medo sem razão
    Será se fizer um chiste
    Eu roubo sua atenção
    Será que eu a inventei
    Criei na imaginação
    Se foi, como eu farei
    Para tê-la agora, então...

  • 06 TALENTO SERIGY

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA

    TALENTO SERIGY
    Rubens Lisboa

    Aqui nesta terra tanta gente se acha poeta
    Aqui nesta terra tanta gente se faz de artista
    Aqui nesta terra tanta gente se mostra profeta
    Aqui nesta terra tanta gente se diz jornalista

    É talento demais pra um Estado tão pequeno
    Estado de espírito, cheio de presença
    Nem sei como cabe
    Só mesmo o Serigy pra explicar
    Cacique sabe-tudo a segurar
    Pra que não desabe

    E a tal maldição
    Não,
    Não tem, não
    O que tem é muita gente
    Precisando de noção!

    - Triste Sergipe...

  • 07 SEREIA BELA

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    SEREIA BELA
    Rubens Lisboa

    Lá den’do do mar
    Mora uma sereia
    Que é metade peixe
    Que é metade gente
    E não sabe amar

    Tanta beleza gerava um feitiço
    Mas disso nunca tinha consciência
    Aonde fosse, causava ouriço
    E a culpa era de sua aparência
    Metade peixe ria encabulada
    Metade gente exalava tesão
    Ninguém sabia que a sereia bela
    Era fantasia, alucinação

    Lá den’do do mar
    Mora uma sereia
    Que é metade peixe
    Que é metade gente
    E não sabe amar

    Até Netuno se chegava a ela
    Todo galante, bobo e sedutor
    Também a via como cinderela
    Sonho de consumo do rival Namor
    Metade peixe ia pra bem longe
    Metade gente não dava atenção
    Ninguém sabia que a sereia bela
    Era fantasia, alucinação

  • 08 DOCE SALGADO

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    DOCE SALGADO
    Rubens Lisboa

    Mas quem foi que trouxe o doce?

    Quem será que trouxe o doce?
    Era o mistério pra desvendar
    Só sei que o danado era salgado
    E isso não se pode tolerar
    (Por que será?)
    Quem será que trouxe o doce?
    Era o mistério pra desvendar
    Só sei que o danado era salgado
    E isso não se pode tolerar

    O disse-me-disse se espalhou logo pela festa
    E a julgar o que então se resta
    Teve grande repercussão
    Ninguém queria assumir o acontecido
    E agora o mal entendido
    Já não tinha mais volta, não
    Mas no fim das contas
    Tudo deu mesmo foi em nada
    Pois pra coisa muito falada
    Não se encontra a solução
    Olhe, eu acho
    É que a culpa foi de um demente
    Que querendo ser diferente
    Cometeu essa confusão

    Mas quem foi que trouxe o doce?

  • 09 SEM ENXAME

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    SEM ENXAME
    Rubens Lisboa

    Não me chame
    Deixe de enxame
    Não vá criar vexame
    Que não vai adiantar
    Não reclame
    Nem proclame
    Não creio que me ame
    Pare de ser infame
    E vá se aquietar

    Não tenho dúvida
    De que não me adora
    Tenho certeza
    De que você não me quer
    É só orgulho, é só bobeira
    É papo de entulho, é coisa de lelé

    Eu tô na moda, sou bom de foda
    Mas eu não quero que peguem no meu pé
    Me deixe livre, me deixe solto
    Eu sou assim
    E seja o que Deus quiser

  • 10 MARACATU DO BREJÃO

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    MARACATU DO BREJÃO
    Rubens Lisboa

    Maracatu
    Maracatu do Brejão
    Eu amo tu
    Que tá no meu coração

    Surgem matracas aqui e acolá
    Teu toque ecoa em todo lugar
    Eu tô aqui pra incomodar
    Não fosse assim...
    O que seria de mim?

    Vê a calunga no alto bastão
    Sente a batida da percussão
    Me dá a linha da tua mão
    Sou um bom moço
    Por que sinto alvoroço?
    Quem vai findar meu esboço?
    Sei que tu és meu colosso

    Maracatu
    Maracatu do Brejão
    Eu amo tu
    Que tá no meu coração

    Tu me ganhaste na esparrela
    Tempo não pára nem com balela
    Montas no asfalto a passarela
    Não fosse assim...
    O que seria de mim?

    Caras e cores na rua de cima
    Teu balançar é que me anima
    Faz inspirar o verso e a rima
    Sou um bom moço
    Por que sinto alvoroço?
    Quem vai findar meu esboço?
    Sei que tu és meu colosso
     
    Tu que tá no meu, tu que tá no meu
    Tu que tá no meu batuque
    Tu que tá no meu, tu que tá no meu
    Tu que tá no meu coração
    Tu que tá no meu, tu que tá no meu
    Tu que tá no meu batuque
    Tu que tá no meu, tu que tá no meu
    Maracatu do Brejão

  • 11 CANDURA

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    CANDURA
    Rubens Lisboa

    Estrada de sol
    Um caminho que anseia o além
    Clave de fá
    Ave tonta ao léu mira alguém

    Gana que mói
    Fere o centro estrelado do amor
    E o rato destrói
    A poltrona do velho senhor

    Candura
    Onde anda o seu reino
    Fez-se aqui bem agora
    Antes de desabar
    Candura
    Vê se desce do queijo
    Está mais que na hora
    De você vir deitar

  • 12 VOCÊ PRA MIM É PROBLEMA SEU

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participação Especial: ANTÔNIO CHAGAS (violino)

    VOCÊ PRA MIM É PROBLEMA SEU
    Rubens Lisboa

    Se lhe doeu, me desculpe
    Não foi assim por querer
    É o meu jeito absorto
    Será que nunca percebeu?
    Mas que saber?
    Tô nem aí...
    Você pra mim é problema seu

    Se agi mal, me perdoe
    Não foi pra lhe magoar
    É o meu jeito meio torto
    Será que nunca percebeu?
    Mas quer saber?
    Tô nem aí...
    Você pra mim é problema seu

    Pode dizer que eu sou um egoísta
    Que não me importo com ninguém
    Que não respeito os sentimentos
    E atropelo feito um trem
    Nem sei se isso é verdade
    Não tenho tempo a perder
    Mas nunca é premeditado
    É só o meu modo de ser

    Não ajo por rixa ou maldade
    Também não sinto prazer
    Mas sou assim, eu não mudo
    O que é que eu posso fazer?

    Não seria pra mim desta forma
    Se eu pudesse escolher
    Mas sou assim, eu não mudo
    O melhor é você me esquecer

  • 13 TRÊS FLORES

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA Participações Especiais: MÁRIO AUGUSTO (clarinete) E RICARDO BOLINHA (caixa)

    TRÊS FLORES
    Rubens Lisboa

    No meu caminho encontrei três belas flores
    Com a primeira fiquei rosa de paixão
    Avermelhou-se o coração estraçalhado
    Senti o aroma que renasce no verão

    Depois me veio a margarida sempre linda
    Por ela pus pra fora todo o sentimento
    Surgiu a dália de repente com doçura
    E aí fiquei enlouquecido de tormento

    Por que é que eu amo tanto
    E ainda finjo espanto
    Querer demais me faz sofrer assim
    O que eu posso causar
    Com este doido amar
    A tal resposta está dentro de mim

  • 14 CONTRAMÃO

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    Ficha Técnica Produção e Arranjos: SAULO FERREIRA Co-produção: RUBENS LISBOA Backings Vocais: ADRIANA PEREIRA, NURIMAR PEREIRA E TIAGO COSTA Gravação e Mixagem: ESTÚDIO CAPITANIA DO SOM (ARACAJU/SE) Técnico de Gravação e Mixagem: ALEX SOUZA Masterização: ESTÚDIO MAGIC MASTER (RIO DE JANEIRO/RJ) Técnico de Masterização: RICARDO GARCIA

    CONTRAMÃO
    Rubens Lisboa

    Não curto ser “da terra”
    Nem sou de usar cocar
    Detesto caranguejo
    Não ponho patuá
    Não gosto de modismo
    Jamais quis virar mito
    Descarto correntinha
    Sou muito esquisito

    Não falo muita gíria
    Nem vejo graça em gorro
    Pra que tanta besteira
    Se qualquer dia eu morro
    Não vou pingar colírio
    Fico legal de pé
    Se é pra fazer tipo
    Prefiro ser mané

    Eu tô na contramão
    Da contramão
    E digo não
    Sou muito mais eu
    Não vim pra ser imitação

    Eu tô na contramão
    Da contramão
    E digo não
    Sou muito mais eu
    Não vim pra ser um canastrão

Aspas Em ‘Arteiro’, Rubens deixa transparecer sua personalidade. Ele é um artista que não quer clonar e nem seguir ninguém. Faz sua própria música de maneira bem pessoal e cria seu espaço.
BETO FEITOSA (pesquisador musical)
Arteiro
Apresentação Músicas

De novo em meio a ensaios, escolhas de tons, descobertas de timbres e detalhes de arranjos, vejo-me tomado pelo desejo enorme de botar no mundo mais um trabalho (o terceiro) - feito com muita paixão e fé - e de vê-lo crescendo.

 

Acreditar é sempre muito bom!

 

Acreditar na união das pessoas, na responsabilidade que tenho de tocar no inconsciente de cada um, fazendo brotar as mais recônditas emoções, e na força da canção como propulsora de mudanças e afloradora de sentimentos tantos.

 

Como é bom poder compor! 

Como é bom poder cantar! 

Como é bom poder mostrar a multiplicidade de ritmos, passear sem medo por eles e me abrir a todas as tribos! 

Eu quero é isso, eu quero tudo, eu quero é mais...E quem tiver bons ouvidos para ouvir, que ouça!

 

Com um cheiro doce de âmbar,

 

Rubens Lisboa

aspas

Para Maria Bethânia, abelha-rainha da canção popular brasileira e dona do meu favo mais doce de mel.

Ficha Técnica

Produzido por RUBENS LISBOA Gravado por EDUARDO MENEZES NO ESTÚDIO TRÊS (ARACAJU SE) Mixado por EDUARDO MENEZES, DIOGO MONTALVÃO e RUBENS LISBOA NO ESTÚDIO TRÊS (ARACAJU SE). Masterizado por CARLOS FREITAS NO CLASSIC MASTER (SÃO PAULO-SP) Projeto Gráfico por ANDRÉ BRITO e RODRIGO DE FREITAS NA INSIGHT PROPAGANDA (ARACAJU SE) Fotografias por ALUÍZIO ACCIOLY NO ACCIOLY STUDIO (ARACAJU SE) Produção de fotos por MARILIA CRUZ Maquiagem por JÚNIOR LEAL

    Todas as Tribos

  • 01 TODAS AS TRIBOS

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    TODAS AS TRIBOS
    Rubens Lisboa

    Todas as tribos em mim 
    Porque eu sou muitos 
    Todas as tribos em mim 
    Porque eu sou plural 
    Todas as tribos em mim 
    Porque eu sou vários 
    Todas as tribos em mim 
    Porque sou universal

    Caboclinhos, rastafáris, webmasters e enjeitados 
    Skinheads, popozudas, magistrados 
    Sadomasos, estudantes, ditadores e ateus 
    Sanguessugas, vigaristas e plebeus
    Marinheiros e pm’s, marajás e suburbanos 
    Vagabundos, colombinas, sergipanos 
    Marombados, pés de valsa, puxa-sacos e turistas 
    Psicóticos, tatuados e skatistas

    Tudo me comove 
    E o mundo se move 
    Tudo é assim Tudo é assim 
    Todas as semelhanças, todas as diferenças
    Todas as tribos em mim 
    Todas as tribos em mim

    Kamikazes, beduínos, manequins e apadrinhados 
    Proxenetas, pacifistas e tarados 
    Sacerdotes, bom-vivants, os caretas e os cornudos 
    Zen-surfistas, guarda-costas e bicudos 
    Trapezistas e roncolhos, tabaréus e saramagos 
    Salva-vidas, prostitutas e os gagos
    Empresários, idiotas, secretárias e legistas 
    Trupizupis, perdulários e artistas

  • 02 SAMBA

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    SAMBA
    Rubens Lisboa

    Samba 
    Morada do bamba 
    Coração comanda 
    O baticum da vida

    Bamba 
    Se entrega ao samba 
    Coração comanda 
    O povo na avenida

    Dura 
    Só até quarta-feira 
    Santo sonho insano 
    De ser como um rei

    Dura 
    Essa nossa sina 
    Que de riso e pranto 
    Faz-se eterna lei

    O meu samba é herança popular 
    É minha arte Minha forma de falar 
    Encantada
    Que me expõe o coração 
    E deixa rastros de luz negra 
    Pela imensidão

  • 03 SAUDADE.COM

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    SAUDADE.COM
    Neu Fontes

    Eu ando doido 
    Procurando pelo mundo 
    Mandei até um e-mail na certeza de lhe achar 
    Pra lhe contar como a dor de uma saudade
    Nunca passa 
    Só disfarça com pipoca e guaraná

    Eu quero é rima 
    Misturando a sua sina, 
    Carne seca, macaxeira, sururu e caviar 
    Com dor de ouvido, dor de corno, dor de dente 
    Onde tá você, oxente 
    Meu remédio é o seu olhar

    ‘Cê quer saber? 
    Vou lhe encontrar 
    Em Istambul, Maruim ou Shangrilá

    ‘Cê quer saber? 
    Aí, vou lhe amar 
    Numa canoa navegando ao luar 
    Ao luar

  • 04 NENÉM

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    NENÉM
    Vander Lee

    Preciso de alguém
    Que me tire uns bichos de pé 
    Me faça cafuné, me chame de seu nego 
    Preciso de alguém 
    Que me escove os dentes 
    Que me faça muito carinho 
    Me sirva um bom vinho e me dê presentes 
    Alguém que me faça massagem e me passe pom-pom 
    Que adore uma sacanagem, me suje de batom

    Preciso de alguém 
    Não me bate porque sou neném 
    Não me trate com desdém 
    Eu sou cheio de nhém-nhém-nhém

    Preciso de alguém 
    Pra bater o meu ponto 
    Pra me dar roupa lavada, passada 
    E rir das piadas que eu conto 
    Que me traga jornal 
    Cafezinho, cerveja 
    Que nunca fique de mal 
    E não goste de música breganeja 
    Alguém que me dê mamadeira, me aplique gelol 
    E de Ronaldinho me chame 
    Pra eu não dar vexame no futebol

    Preciso de alguém 
    Não me bate porque sou neném 
    Não me trate com desdém 
    Eu sou cheio de nhém-nhém-nhém

  • 05 NEM ADIANTA

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    NEM ADIANTA
    Rubens Lisboa

    Não me venha pedir perdão 
    Que perdão não é de graça 
    De grátis nem a cachaça 
    Que a vida me prometeu

    Não me venha pedir perdão 
    Nem adianta dizer nada 
    Sua desculpa esfarrapada 
    Já não convence mais eu

    Eu não vou mais ficar 
    Do seu ladinho tão só 
    A ter a sua companhia 
    Melhor ficar no caritó

    Eu não mais deixar 
    ‘Cê me tratar pior 
    Arre diacho eu não 
    Mereço esse perrengue 
    ‘Cê tem jeito de merengue 
    E eu sou doidinho por forró

    E isso aqui tá bom demais 
    Se tá! 
    Mas já não cabe pra nós dois 
    Então!
    Melhor ‘cê me deixar em paz 
    E é? 
    Deixa a conversa pra depois

    Que esse forró tá bom demais 
    Se tá! 
    Mas não foi feito pra nós dois 
    E não?
    Nem queira abaixar meu gás 
    Rapaz! 
    A gente se acerta depois

  • 06 SAPATO NOVO

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    SAPATO NOVO
    Patrícia Polayne

    A gente não tem mais dinheiro 
    Pra comprar sapato novo 
    De chinelo, não corro!

    Querem me tentar subtrair 
    Para me fazer subverter 
    Para me envolver sem libertar P
    ara não gozar, submeter

    Já vale o Sol daqui deste sertão 
    Que de tão ser forte 
    Queima a razão

    Querem me forçar, fazer sorrir 
    Com o que passa na televisão 
    uerem me arrancar sem me pedir 
    E eu não tenho mais dinheiro, não!

  • 07 A GATA TRISTE

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    A GATA TRISTE 
    Rubens Lisboa

    Eu tinha uma gata e um mistério 
    Embora no fundo nada fosse sério 
    A gata triste 
    O mistério da vida
    Mas ela insistia, aquela bandida

    Um dia esqueci a janela aberta 
    E ela entrou pela nesga certa 
    Procurou o secreto 
    Encontrou o que quis
    Estava a um palmo do seu nariz

    A gata triste 
    Ainda insiste 
    Em tentar me fazer feliz 
    Mas sem o mistério Não sei como agir 
    Terei outra trama que urdir

    A gata triste 
    Ainda resiste 
    Mesmo vendo: o culpado não fui eu 
    Acabou-se o mistério
    E pra ela sorrir 
    Terá que outra trama descobrir

  • 08 DA LAIA DO LAMA

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    DA LAIA DO LAMA
    (Antonio Villeroy)

    Depois que Deus fez a terra
    Esculpiu no barro os ossos de Adão 
    Retirou a parte mais bela 
    E fazendo a mulher inventou a paixão 
    Ao criar essa tal divisão
    Fez o homem mover a engrenagem da historia
    Pra curar sua solidão
    E salvar sua Helena de Tróia

    Mas se o homem é de barro
    Cuidado com o andor
    Esse santo não pode quebrar
    Já diria o provérbio de raro valor
    Quem tem pressa vai devagar

    Eu sou da laia, da laia do lama
    Da laia, da lama do lado de cá
    Eu sou da laia, da laia do lama
    Da laia, da lama do lado de cá
    Mas muito to a fim dessa dama
    Eu quero o nirvana agora, já
    Mas to muito a fim dessa dama
    Eu quero o nirvana agora, já

    Fui descer ao porão da materia
    Beliscar alimento pagão
    Revolver a humana miséria 
    Religar minha religião
    Com os pés enterrados na lama
    Busquei claridade na escuridão
    Fiz o meu coração em pedaços
    Colei os meus cacos e me sinto são

  • 09 MARIA DO SERTÃO

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    MARIA DO SERTÃO
    Beto Vasconcelos

    A dor 
    Não vai mudar 
    A cor 
    Em teu olhar 
    Pensei 
    Que fosse amor 
    Talvez 
    Se fosse o mar 
    Nadar 
    No teu penar

    A cor 
    Não vai mudar 
    A dor 
    Em teu olhar 
    Pensei 
    Que fosse amor 
    Talvez 
    Se um beija-flor 
    Beber 
    Do teu cantar

    Sempre as mesmas flores 
    Sempre as mesmas dores 
    Sempre os mesmos homens 
    Sempre a mesma ferida 
    Sempre a mesma fome

    Amor 
    Eu também sei 
    Que o amor 
    É mais que a lei 
    E o amor 
    Também é dor 
    E a dor 
    Confunde amor 
    Eu sei Pois já amei

  • 10 CLIMA LEGAL

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    CLIMA LEGAL 
    Rubens Lisboa

    Olhozinhos puxados 
    Faça seu teatro que eu vou lhe assistir 
    De um lado pr’o outro 
    Feito bailarina num salto cair

    Prometo, não rio 
    Se eu sinto arrepio é o frio do verão 
    Parece criança mormente se dança 
    Com o fim da canção

    Criatura danada 
    ‘Cê está arriada e não quer se entregar 
    É coisa de tempo 
    Mais cedo ou mais tarde, não vai segurar

    Eu saco seu truque 
    Azara o meu muque mas faz que não vê 
    É tudo balela 
    É só eu dar trela que ganho você

    É que nisso eu sou bom, meu bem 
    Eu conheço de amor demais 
    Já fiz isso também, neném 
    Jogue a pedra quem que não faz 
    Esse clima é que é legal 
    Bem melhor que a consumação 
    Pois às vezes na horizontal 
    Não é como de pé no chão

  • 11 VAI DE MADUREIRA

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    VAI DE MADUREIRA
    Zeca Baleiro

    Se não tem água Perrier, eu não vou me aperrear 
    Se tiver o que comer, não precisa caviar 
    Se faltar molho rosé, no dendê vou me acabar 
    Se faltar Moet Chandon, cachaça vai apanhar

    Esquece Ilhas Caiman, deposita em Paquetá 
    Se não pinta um Cordon Bleu, cabidela e vatapá 
    Quem não tem Las Vegas vai no bingo de Irajá 
    Quem não tem Beverly Hills mora no BNH

    Quem não pode 
    Quem não pode Nova York vai de Madureira 
    Quem não pode Nova York vai de Madureira 
    Quem não pode Nova York vai de Madureira

    Se não tem Empório Armani 
    Não importa 
    Vou na Creuza, costureira do terceiro andar 
    Se não rola aquele almoço no Fasano (Antiquarius) 
    Vou na Vila Vou comer a feijoada da Zilá

    Só ponho Reebok no meu samba 
    Quando a sola do meu Bamba chegar ao fim

    Citação: “Próxima Encarnação” (Itamar Assumpção)
    Na próxima encarnação Não quero saber de barra Replay de formiga, não Eu quero nascer cigarra

  • 12 ESCRAVO

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    ESCRAVO 
    Antônio Carlos du Aracaju

    O que você quer? 
    Tudo eu já lhe dei 
    Vivo me humilhando por você 
    Louco e sem querer 
    Não sei mais o que fazer...

    O que será de mim? 
    Sei que lhe perdi 
    Triste, minha sombra lhe acompanha 
    Escravo sem poder 
    Nem tem mais o que dizer...

    Não me chama mais 
    Nada satisfaz 
    Flores e palavras são banais

    Eu lhe amo assim 
    Nada é tão ruim 
    Breve, o seu orgulho terá fim

    Pois todo amor 
    Pra ser eterno 
    Precisa mais que um ‘sim’

  • 13 MASCARADA

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    MASCARADA 
    Rubens Lisboa - Djenal Soares

    Minha cara 
    Com que cara você vai me encarar? 
    Com a mascarada? 
    Com essa cara-de-pau 
    Cara de mau 
    Cara lavada?

    Veja se muda 
    Veja se troca de argumento 
    E me convence 
    Já que eu sou o inteligente 
    E você a idiota 
    Então, pense!

    Pense sempre antes de falar tanta besteira
    E saiba que a contradição é uma mentira 
    Que corre à beira 
    Se é pra me explicar
    Que seja tudo muito bem contado 
    Senão ‘cê corre o risco 
    De não mais me ter ao lado

    Pense, pense muito 
    Sempre, pense bem 
    Muito, pense sempre 
    Claro, pense bem 
    Pense, pense muito 
    Sempre, pense bem 
    Muito, pense sempre 
    Claro, pense bem

  • 14 SE EU FOSSE VOCÊ

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    SE EU FOSSE VOCÊ 
    Rubens Lisboa

    Na marra ou na manha 
    Você não me ganha neste Carnaval
    Tô muito mudado 
    Mais bem comportado E
    tcétera e tal

    Já sei o que quero 
    Tô sendo sincero e legal com você 
    Não tem abadá 
    Não tem “vem pra cá”
    Nem tem bem querer

    Se eu fosse você 
    Curava a ressaca no meio da chuva 
    A uva do vinho que lhe embriagou era doce demais 
    Se eu fosse você 
    Mudava de bloco no meio da rua 
    E nua 
    Saía cantando que ano que vem não tem mais

    Música Incidental 
    “V assourinhas” 
    (Matias da Rocha e Joana Batista Ramos)

  • 15 MALUQUICE

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    MALUQUICE 
    Rubens Lisboa

    “Sou eu que me deito tarde, sou eu que levanto cedo
    Sou eu que realço tudo, sou eu que não tenho medo” (*)
    Se a sina estava escrita, nem quero saber por quê
    O amor quando logra certo, a gente fez merecer
    O amor quando logra certo, morena, a gente fez merecer

    Quando acabar
    Quando acabar
    Quando acabar, o maluco sou eu
    Quando acabar
    Quando acabar
    Quando acabar, o maluco sou eu

    Eu nunca pintei o cabelo, nem entrei em contradição
    Não sou de rasgar dinheiro, jamais fui um canastrão
    Se hoje ainda não se sabe, é tempo de aprender 
    O povo conduz a vida do jeito que dá pra ser
    O povo conduz a vida morena, do jeito que dá pra ser

    Quando acabar ...
    Já ando em cem por cento, engordo comendo luz
    Assumo o que fiz nascer e guardo o sinal da cruz
    E busco o que vi no sonho, primeiro vou entender
    O modo de conquistar, o tino é que vai dizer
    O modo de conquistar, morena, o tino é quem vai dizer

    Quando acabar ...

    Deixe ser, deixe estar
    Vá ao espelho se olhar
    Só assim vai perceber
    Que o maluco é você
    (*) de “PONTO” (Anônimo)

  • 16 SÓ E VADIO

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    SÓ E VADIO
    Kleber Melo - Jorge Ducci

    Todas as portas abertas
    O pecado mora ao lado da gente
    Mesmo com todo o cuidado
    Entre corações fechados se sente

    Como nódoa que larga
    Como qualquer fruta amarga
    Feito farpa, foste espinho
    No aconchego do ninho
    To na terra, to em Marte
    O tiro do seu bacamarte
    Acertou-me no peito
    E não houve outro jeito
    Estou só e vadio...

Aspas Rubens é um aglomerador de linguagens. Mesmo tratando de um assunto específico, ele sempre torna plural o sentido da mensagem que transmite em suas composições. É justamente neste ponto que seu tribalismo se manifesta.
AMOROSA (cantora e escritora)
Todas as Tribos
Apresentação Músicas

Repleto de segundas intenções, aqui estou eu, de novo, mergulhado nesta viagem maravilhosa que é a perpetuação do canto...

 

Através das dezesseis canções (desta vez, todas de minha autoria, metade delas em parceria), tento expor, feito um mosaico harmônico, o meu prazer em compor, só igualado ao de cantar, ato mágico de transmutação.

 

E como síntese, buscando estabelecer elos entre o antigo e o novo, permito-me ousar, com o olhar sempre para o grande, de modo igual ao insuperável Drummond quando, sensível aprendiz da vida, soube ele se decidir pela valia maior: a de se tornar eterno.

 

Com um cheiro doce de âmbar,

 

Rubens Lisboa

aspas

Para ELZA SOARES, eterna mestra, e GENA RIBEIRO, eterna saudade...

Ficha Técnica

Produzido por: DIOGO MONTALVÃO, EDUARDO MENEZES e RUBENS LISBOA Gravação: EDUARDO MENEZES Mixagem: EDUARDO MENEZES, DIOGO MONTALVÃO, JEFFERSON ANDRADE, MARCUS DEMORAES e RUBENS LISBOA Gravação das bases e mixagem: ESTÚDIO “AV PRODUÇÕES” Gravação das vozes: ESTÚDIO “CAPITANIA DO SOM” Editoração, arte e ilustrações: RAPHAEL BORGES “MINGAU” Fotos: ROBERTO MONTE

    Segundas Intenções

  • 01 NÓS

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    NÓS
    (Rubens Lisboa – Jorge Roberto)


    Vem, vem cantar, vem dançar
    Neste palco tão musical
    Neste solo bem tropical
    Vem, vem amar, vem pular, vem gozar, vem xaxar
    Este sonho é sensacional
    Esta é a terra do Carnaval

    Nós, uns mil loucos poetas
    Nós, os palhaços do mundo
    Nós, os atores da sorte
    E cantores de porte
    Bailarinos do ar
    Vamos erguer as cortinas
    E lançar serpentinas
    Sustenidos, bemóis
    E assim vai pintando uma ideia
    O camarim, a plateia
    Nós aqui somos nós
    E assim vai rolando a ideia
    No camarim, na plateia
    Nós aqui somos nós

  • 02 NA HORA "H"

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    NA HORA "H"
    (Gilton Lobo - Rubens Lisboa)

    Deus não pode te querer assim
    Um fruto tão insosso, um angu de caroço
    Deus não pode te querer assim
    Descasca essa aparência
    Descobre a tua essência
    E eu penetro em tua veia
    No teu calor que me incendeia
    Hoje é noite de Lua cheia
    Em ti, eu vou me achar...

    Vem cá
    Que eu quero te ninar
    Ninar no fogo da tensão
    Tensão
    Tudo na hora "H"
    A bomba, a sensação

    Deus não pode te querer assim
    Nos teus olhos um desejo, uma cegueira que eu não vejo
    Deus não pode te querer assim
    Arrebenta essa sangria
    Joga fora tua agonia
    E eu me encontro de repente
    No teu jeito de carente
    Hoje é noite de estrela cadente
    Contigo vou me deitar...

  • 03 ESCOMBROS

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    ESCOMBROS
    (Djenal Soares - Rubens Lisboa)


    A arte é a arte
    Onde a parte pode ser o todo
    O lodo do homem escondido
    Atrás do homem que passa fome
    Atrás do lobo escondido do homem
    E a fábula ensina a passos largos a verdadeira história
    Que chora a morte de seus arlequins
    Meninos da rua que dançam na pista e nela morrem
    Meninas da vida que dançam na cama e nela morrem

    E o tom do piano em dó menor
    E a dor maior aos assombros
    A remoer nos escombros
    A corroer os meus dois fartos largos ombros

  • 04 NEM TÃO SOZINHO ASSIM

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    NEM TÃO SOZINHO ASSIM
    (Diogo Montalvão - Rubens Lisboa)


    Eu senti o chamado da noite
    E saí vagando ao léu
    Como um noviço aflito no cio
    Clamei ao céu
    Nem parece que a festa já chegou ao fim
    Amanhece e o Sol não lhe acordou pra mim

    Não me deixe só
    Eu estou aqui
    Venha me encontrar
    Não me deixe só
    Continuo aqui
    Venha me buscar
    ... mas antes ligue pra avisar

    Eu sonhei em atingir o nirvana
    E daí surfei na dor
    Kamikaze alegre no dia
    Alcei o vôo
    Nem parece que o tempo já chegou pra mim
    Amanhece e você não se acordou pra mim

    Não me deixe só
    Eu estou aqui
    Venha me encontrar
    Não me deixe só
    Continuo aqui
    Venha me buscar
    ... mas antes ligue pra avisar

  • 05 TUDO EM VOCÊ

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    TUDO EM VOCÊ
    (Neu Fontes - Rubens Lisboa)


    De que me vale decifrar os mistérios do planeta
    Ter castelos, faunos, reinos
    Não envelhecer jamais
    De que vale conquistar a oitava maravilha
    Ter o mundo em minhas mãos
    E domar os temporais

    Eu já fui de tantos corpos
    Já me deram até demais
    Vivi histórias
    E eu as fiz reais
    Tive tudo o que sonhei
    Queria mais

    De que vale decifrar os mistérios do planeta
    Ter castelos, faunos, reinos
    Ser o centro do prazer
    De que vale conquistar a oitava maravilha
    Ter o mundo em minhas mãos
    Se eu já tenho você...?

  • 06 NA ZONA

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    NA ZONA
    Participação Especial: MARTA MARI

    (Mingo Santana - Rubens Lisboa)

    Na zona urbana
    Na zona rural
    Na zona norte
    Na zona sul
    Na zona erógena
    Na zona...

    Perigo de andar doido na contramão
    - Esteja multado por não me dar atenção!
    Proibido jogar conversa fora
    Você ‘tá fodido, sai daqui, vai embora!

    Perigo caminhar com os pés no chão
    - Sabe lá o que é que fez o danado do cão!
    Proibido sorrir pra qualquer estranho
    Não aceite de cara convite pra tomar banho!

    Perigo é ficar no jogo do empate
    - A verdade é que o prazer é maior pra quem bate!
    Proibido sonhar com uma grande vontade
    - Pode ser que um dia vire realidade!

  • 07 AGORA

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    AGORA
    (Paulo Lobo - Rubens Lisboa)

    Morre de saudade o meu coração
    Pelas ruas da cidade num carro veloz
    O tempo nunca volta atrás
    Nem tem mais cinemascope pr’as cores deixarem em paz
    Agora é só o neon no ar
    O brilho do mar, o prazer do amor
    A me endoidecer de tentação
    Agora é só o meu som no ar
    A onda do mar, o fazer do amor
    A me trazer você nesta canção

    Dá-lhe mais um
    Lá vem mais dois, mais três
    É vinte e oito, é final de mês
    Tem tanta conta pra pagar
    Mas não me importo
    Quem duvida
    E eu vou me arrumar?

    Corre na cidade o meu coração
    Pelas ruas da saudade num sarro atroz
    O tempo não deixa em paz
    Nem tem mais videocassete pr’as dores voltarem atrás
    Agora é só o neon no ar
    O brilho do mar, o prazer do amor
    A me endoidecer de tentação
    Agora é só o meu som no ar
    A onda do mar, o fazer do amor
    A me trazer você nesta canção

  • 08 DIÁLOGO

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    DIÁLOGO
    (Rubens Lisboa sobre poema de Artur Deda)

    Participação Especial: ANTÔNIO CARLOS DU ARACAJU

    Meu jovem, sou de outro tempo,
    Primeiro que a automação.
    Da força do pensamento.
    Antes da transformação
    Feita, do amor, no conceito.
    Pertenço ao tempo vencido.
    O do amor pra ser sentido
    Antes que para ser feito.
    Meu jovem, sou de outro tempo
    Do bonde a correr nos trilhos
    Das retretas vesperais.
    Eu sou do tempo dos filhos
    Pedindo a benção dos pais.

    Meu velho, não sou do tempo
    Deste amor feito opressão
    Que sufoca o pensamento,
    Querendo ser proteção.
    Não sou do tempo vencido,
    Mas deste, que é o da verdade,
    Que é do amor pra ser sentido,
    Sem perder a liberdade.
    Meu velho, não sou do tempo
    Do bonde a correr nos trilhos
    Mas dos feitos siderais.
    Eu sou do tempo dos filhos
    Pedindo o amor de seus pais.

  • 09 ALUARAN

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    ALUARAN
    (Rubens Lisboa)

    "Amanhã
    Carneiro perdeu a lã"
    Tudo em paz
    No mundo sem sutiã
    De manhã
    Com cheiro de avelã
    ‘Tô ferino e forte
    Dou rasteira na morte
    Vou parar no Butantã

    Guardiã
    Eu ontem comi romã
    ‘Tô partindo
    Pro Porto de Amsterdã
    Tecelã
    Mexeu com um homem-rã
    Despertou capoeira
    ‘Tá me dando uma coceira
    Um pecado, uma maçã

    Aluaran, aluaran
    Cedinho, de manhã
    De manha, amanhã
    Dá bom-dia, minha irmã

  • 10 CALO SECO

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    CALO SECO
    (Rubens Lisboa)

    Veja lá se não me solta assim de novo o meu dragão
    Com ele não dá pé e eu perco até a inspiração
    Não vá forçar a barra pra chamar minha atenção
    ‘Cê sabe que comigo tudo vai de supetão

    Não tem intriga
    Nem contramão
    Não sou de briga
    Nem de armação
    Só tem uma coisa que eu faço questão de dizer:
    - "Não pise em meu calo seco
    Senão vai sobrar pra você!"

  • 11 FAZ-DE-CONTA

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    FAZ-DE-CONTA
    (Rubens Lisboa)

    Se você quer me deixar
    Vá direto ao que escolheu
    Não precisa rodear
    Se fazer representar
    Mais chorosa do que eu

    Mas se tudo der em nada
    Esqueça o orgulho e volte cá
    Podem lhe julgar safada
    Podem me achar empada
    Que eu não vou me incomodar

    Meu amor o que acontece
    Sentimento envelhece
    A paixão caiu legal
    Mas a vida é muito louca
    E eu não quero marcar touca
    O faz-de-conta é normal
    Se procura, me encontra
    Eu não tenho nada contra
    Suas segundas intenções
    Neste arroubo de coragem
    Vamos juntos na viagem
    Ao país das ilusões

  • 12 O SEGREDO DA RAÇA

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    O SEGREDO DA RAÇA
    (Rubens Lisboa)

    Participação Especial: JOÉSIA RAMOS

    Do ventre de nosso país ecoa um grito no ar
    Por mais que se tente ou se queira, não pode calar
    É fundo e quebra as fronteiras
    O sopram os nossos ancestrais
    Rebento das forças guerreiras
    Um canto de paz!

    E o negro carrega na pele o feitiço da cor
    No sangue, o segredo da raça, da fé e da dor
    No ouro de Olorum que brilha
    No olho, o desejo que traz
    Na boca, o sorriso que trilha
    Um canto de paz!

    Raio raiou, noite inteira
    Clementina a gingar
    Uma estrela no alto
    Livre e sempre a guiar
    E Otelo tão belo
    Terno e eterno a filmar
    As chanchadas da vida
    Muito a gargalhar

    Num só canto de fadas
    As maracas do céu
    Sopram longe as feridas
    Agradecem a Isabel
    Para o povo, o artista
    Para o artista, o pincel
    A tecer nessa tela
    Lindo e imenso véu

  • 13 MAR DE AMASSO

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    MAR DE AMASSO
    (Rubens Lisboa)

    Feito o Sol que ilumina o horizonte
    Você veio e me olhou um olhar brilhante
    De mãos firmes e pés de pisar descalço
    Eu mergulho e me afogo num mar de amasso

    Como um vício que pega o principiante
    Você veio e ficou num olhar errante
    De mãos doces e pés de pisar profundo
    Eu me sento na barca e levita o mundo

    Nossa Ilha é redonda e a Terra é chata
    Essa gente é quadrada e mamãe com isso?
    Olha o aviso no riso do dente siso
    E nós dois achados no meio da mata

    Nosso tempo é sem-tempo, é de estar atento
    Pra que junho, dezembro e o Carnaval?
    Onde os auto-retratos do documento?
    Somos feitos de brisa, sargaço e sal

  • 14 O LEÃOZINHO E A TIGRESA

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    O LEÃOZINHO E A TIGRESA
    (Rubens Lisboa)

    O leãozinho se apaixonou pela tigresa
    Lindeza de caetanear
    Um amor assim delicado
    Se pega e logo despreza
    Sem queixa por não ter que amar

    Do bem, uma força estranha os uniu
    Paixão que não dá mais pra ninguém
    O leãozinho se apaixonou pela tigresa
    Enquanto seu lobo bobo não vem

    Depois, pelos olhos de dar, odara
    Cara a cara feito feijão com arroz
    O leãozinho se apaixonou pela tigresa
    E uns era o singular de dois

    No mais, ela era linda e só
    E ele não ficava atrás
    O leãozinho se apaixonou pela tigresa
    E foram muitos carnavais

  • 15 FOGO NA ROUPA

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    FOGO NA ROUPA
    (Rubens Lisboa)

    Algo no céu
    Boto no mar
    Olha a imagem no ar
    Rasgo no azul
    O olho no amor
    Vem cá, meu disco voador
    Viaja e traz
    Muito mais paz
    Pr’este meu povo ninguém
    De ouro e mel
    Castanha e caju
    Descasca essa fruta também

    Fogo louco
    Fogo de sair faísca na lenha
    No oco do acaso do caso que tenha
    Pra acontecer de pintar
    Fogo na roupa
    Pouca e o papoco do estalo da bomba
    Da bronca da branca
    Que bota uma banca
    Sem se esquecer de brilhar

    Apeia, fogo morto
    Esquenta, êia, êia
    Depressa, sobe e pira
    A fogueira vai virar
    Incendeia, fogo lindo
    Bem-vindo, êia, êia
    E a massa canta e sofre
    A fogueira vai queimar

  • 16 CANTAR EM MIM

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    CANTAR EM MIM
    (Rubens Lisboa)

    Participação Especial: TÁCITO MACEDO

    Oi, avie, se chegue, venha cá
    Se atente, quero lhe falar
    Eu gosto da brisa ao luar
    Da onda na beira do mar
    Brincando de me apaixonar
    Preciso sentir e provar
    Mas o que eu adoro mesmo é cantar

    Pois olhe, também sou assim
    Igualzinho, tim-tim por tim-tim
    É por isso, ô Rubens, que eu vim
    Alegria não pode ter fim
    Voando que nem passarim
    Bem livre, anjo ou querubim
    Pois o canto habita fundo em mim

    Eu canto solto, eu canto o côco
    Eu canto o canto pra lhe encantar
    Em todo canto, pra todo lado
    Fado, baião e poeira no ar

    É o som da bossa, é coisa nossa
    Frevo, maxixe e o maculelê
    Deixe que digam, deixe que falem
    Agora aqui somos eu e você

    Vá no meu reggae!
    Venha e me pegue!
    Bamba no samba explodindo em suor
    Melhor não pode, que bom pagode
    O louco rock eu já sei de cor

    Nessa entrega, o axé e o brega
    A fé é cega no acorde do blues
    Somos meninos
    Nosso destino
    No som da terra dos Aracajus

    Oxente! Isto aqui tá demais!
    O sonho é a gente quem faz
    Carece correr sempre atrás
    Um navio sem medo do cais
    Certeza do que se é capaz
    Agora é a hora, rapaz
    Cantar vale tudo e eu quero é mais

    Tacinho, eu isso bem sei
    Aprendi nas estradas que andei
    Tá certo que muito eu levei
    Mas nunca, acredite, verguei
    Sou hoje madeira-de-lei
    Por tanto que me entreguei
    Minh’alma inteira em canções eu doei

Aspas Terceiras, quartas... infinitas intenções abrigadas nesse novo CD de Rubens Lisboa. Rubens é assim mesmo, cativante. É difícil passar incólume por ele, por sua música, por sua poesia.
CARLOS CAUÊ (poeta e publicitário)
Segundas Intenções
Apresentação Músicas

Há praticamente dois anos entrei em estúdio para a gravação das primeiras faixas que compõem este meu CD de estreia. O fato de me encontrar, já há algum tempo, ouvindo as minhas canções nas vozes de colegas cantores, aliado à vontade, surgida mais tarde, de eu próprio interpretar as minhas canções, fez-me concluir que tinha chegado o momento de me lançar inteiro na aventura difícil, delirante e deliciosa do mundo do disco. E o compositor que descobri ser e que já começara a sentir a necessidade de soltar a voz (“minha voz, minha vida, meu segredo e minha revelação”) entrava em contato com toda aquela parafernália eletrônica presente em um estúdio de gravação, a qual, até hoje, me atemoriza e me excita em proporções idênticas...

 

Foram muitas noites trabalhando arranjos, burilando colocações de voz, trocando ideias. O tempo foi passando, sereno e bonito, e, quando vi, tinha gravado quantidade de faixas suficiente para três CDs! A música absorveu a mim e aos meus companheiros de tal forma que, hipnotizados, fomos criando, criando e criando... (E, ao nos darmos conta, era muita coisa boa para ter que selecionar.)

 

Mas, enfim, eis o primeiro CD pronto para o mundo! Foi deveras complexo conseguir chegar ao repertório daqui constante porque todo o material que gravei me é de todo representativo, mas tenho a mais absoluta certeza de que, no final, tudo saiu exatamente do jeito que eu queria. Ficaram muitas canções igualmente lindas para trabalhos vindouros, mas todas as que aqui estão me emocionam demais e tinham, por um motivo ou por outro, que estar neste trabalho inicial.

 

O critério adotado foi o de poder mostrar um panorama amplo da MPB que tanto me apaixona. Ao lado de canções de minha autoria, algumas com grandes e queridos parceiros, procurei pôr à mostra a minha outra face – a de intérprete, o ator do dia-a-dia – ao revisitar os mestres ARRIGO BARNABÉ, CAZUZA e CHICO BUARQUE e ao poder gravar, com toda a honra, a nata do cancioneiro sergipano através das músicas que me foram tão carinhosa e confiantemente presenteadas pelos seus autores.

 

No mais, o que posso arrematar é que compreendo, hoje, que as pessoas presentes comigo, neste CD, não estão aqui só porque meramente estão. Nada foi por acaso e tudo parece mesmo que estava escrito. Por isso, os talentos desses músicos formidáveis que tocaram de forma tão maravilhosa, bem como as presenças de meus convidados, amados colegas e amigos, AMOROSA, CHICO QUEIROGA, CRIS EMMEL, GENA RIBEIRO e PATRÍCIA POLAYNE que dividiram comigo faixas que têm a ver com o entrelaçamento das histórias de nossas vidas. Estão presentes pois são artistas e seres humanos lindos, tornaram-se fundamentais naquelas canções e porque a festa é enorme e dá para muita gente, é só querer e saber partilhar!

 

Assim, meio de lua, mas inteiramente de verdade, o que eu agora espero mesmo é que vocês possam curtir pra caramba este trabalho que foi feito com muita paixão e fé.

 

Com um cheiro doce de âmbar,


Rubens Lisboa

aspas

Para a grande intérprete MARLENE, lição máxima de música e de vida.

Ficha Técnica

Produzido por DIOGO MONTALVÃO e RUBENS LISBOA Co-produzido por EDUARDO MENEZES Mixagem e Masterização: JEFFERSON ANDRADE e EDUARDO MENEZES Técnico de Gravação: EDUARDO MENEZES Auxiliares de Gravação: ALEXANDRE MELO e VIGU Repertório: RUBENS LISBOA Gravado e mixado nos Estúdios “AV” - Aracaju (SE), com calma e independência suficientes para realizar um trabalho adorável. Editoração & Arte: CARLOS TADEU Ilustrações: LAÉCIO Fotos: JOHNNY OLIVA

    Assim, meio de lua...

  • 01 ODE A LUA

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    ODE A LUA
    (Rubens Lisboa)

    Quem vai iluminar o canto?
    Quem quer encantar estrelas?
    Quem pode luzir o opaco do mundo no espaço, vasto céu?
    Quem vai exterminar o pranto?
    Quem quer acabar querelas?
    Quem pode girar em doce acalanto num louco carrossel?
    Quem vai alunar?
    Quem quer é brilhar?
    Quem pode tecer alva imagem no mar?
    Quem vai me guiar?
    Quem quer me inspirar?
    Quem pode me segurar?

  • 02 AVISO AOS NAVEGANTES

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    AVISO AOS NAVEGANTES
    (Rubens Lisboa)

    Olá, como vão?
    Tá tudo legal?
    Eu vim avisar que não dá pra prestar atenção em vocês

    Desculpem o modo
    Não levem a mal
    Já posso romper as amarras, as farras do meu coração

    Se eu sei quem eu quero
    Se sei onde está
    Pra que remoer travesseiros, contando carneiros no céu?

    Os caras podem censurar
    As caras vão se espantar
    E eu vou destruir os edifícios
    Vou pichar mil orifícios
    Para a cidade arrepiar
    Se às vezes fui um responsável
    Se às vezes fui um vagabundo
    Eu sempre fui o que queria
    Todo dia é algum dia
    E eu tenho o meu lugar

    Tanto papo rolou
    Minha cuca rodou
    Agora conheço a loucura e a faço refúgio pr’o amor

    Um beijo pr’ocês
    Tô indo pra mim
    Quem sabe, algum dia, a gente se encontra de novo ou sei lá...?

    Os caras podem censurar
    As caras vão se espantar
    E eu vou destruir os edifícios
    E pichar mil orifícios
    Para a cidade se lembrar
    De que às vezes fui um responsável
    Outras vezes fui um vagabundo
    Mas sempre fui o que queria
    Todo dia é algum dia
    Todos têm o seu lugar

    Olá, como vão?

  • 03 VIETNAMITA

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    VIETNAMITA
    (Marta Mari – Antônio Passos)

    Tens uma boca quase sempre fechada
    Úmida
    Insatisfeita
    Passiva
    Desconfiada...

    À noite, expele o licor da morte
    Expõe a pele, Agnus de Deus
    Para que os ateus morram de frio e tédio
    Esperando a volta de Prometeu
    Prometeu
    Prometeu
    E não cumpriu
    Prometeu
    Prometeu
    Prometeu e não cumpriu

    Vietnamita
    Essa saída à francesa
    Explode o Sol nascente nos olhos sampaku
    Agora é um outro dia, logo no paralelo
    Em alta toxina, nas veias tortas
    Não me importo com você de amarelo
    Quero apenas um elo seu
    Seu
    Seu
    Um elo seu
    Seu
    Seu
    Seu
    Um elo seu

  • 04 SUBPRODUTO DO ROCK

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    SUBPRODUTO DO ROCK
    (Frejat – Cazuza)

    Mamãe, tá certo
    Eu me dei mal na escola
    Isso acontece...
    Mês que vem eu melhoro!
    Mamãe, tá certo!
    Eu pisei na bola,
    Quebrei vidraça, fiz a maior pirraça
    Mamãe, tá certo
    Eu fui pro fundo e não pode
    O mar tá bravo
    Que bode!

    Pode cortar televisão e vitrola
    Parar o jogo
    Você é a dona da bola!
    Só não me xingue,
    Não me xingue
    De sub, sub, sub, sub, sub o quê
    Não me xingue,
    Não me xingue,
    De sub, sub, sub, sub, sub o quê

    Subproduto de rock
    Será um tipo de nhoque
    Subproduto de rock
    Alguém me deu um toque
    O que é que quer dizer?
    Subproduto de rock
    Será um tipo de nhoque
    Subproduto de rock
    Alguém me deu um toque
    O que é que quer dizer?

  • 05 QUEBRA-MOLAS

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    QUEBRA-MOLAS
    (Gilton Lobo – Rubens Lisboa – Djenal Soares)
    Participação Especial: GENA RIBEIRO

    Em uma rua de mão-dupla...
    Em uma rua de mão-dupla...
    Em uma rua de mão-dupla...
    Em uma rua de mão-dupla...

    No quebra-molas
    O quebrar molas
    Se quebra, enrola
    Naquela rua de quebra-molas

    A gente se cruza
    A gente se cruza
    No quebra-molas...
    No quebra-molas...

    A gente cruza, se usa
    A gente rola, se embola
    Requebra, quebra e se quebra
    Se mela, rela e se cola
    A gente cruza, se usa
    A gente rola, se embola
    Requebra, quebra e se quebra
    Se mela, rela e se cola
    No quebra-molas...
    No quebra-molas...

    Sob a Lua de Bóra-Bóra
    Tua (minha) malha crua em minha (tua) pele cola
    E a gente
    Embora àquela hora
    No quebra-molas daquela rua
    Se ama demais...

    Requebra que no quebrar da mola
    Eu quero ver quem cola!

  • 06 AMOR DE ESTAÇÃO

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    AMOR DE ESTAÇÃO
    (Guga Montalvão – Ricardo Monteiro)

    Fazer de novo um São João
    Mesmo fora de estação
    Sobre pr’o céu qualquer balão
    Você tem jeito de explosão
    O chão, poeira, o lodo das conversas
    No cantinho da prisão

    Roer o aço que nos prende
    E cuspir na sua mão
    Um beijo ácido que roubei
    Meio gosto de sabão
    Lavar a mancha no sofá da sala
    Que me fala de tesão

    Diz não, diz não
    Vou lhe trocar pelo Carnaval
    Diz não, diz não
    Vou lhe trocar pelo Carnaval

    Fazer de novo um Carnaval
    Mesmo fora de estação...

  • 07 SUSPEITO

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    SUSPEITO
    (Arrigo Barnabé – Hermelino Neder)

    Você tem medo de fazer amor comigo?
    Você tem medo de acordar com um bandido
    E ver, no espelho, escrito com batom?
    - “Tchau, trocha, foi bom...!”

    Você não sabe de onde eu tiro o meu dinheiro
    Você não sabe o que eu faço o dia inteiro
    E esse mistério destrói a nossa paz
    Não posso mais...

    Não, não me pergunte nada
    Me deixe apenas vendo o seu corpo lindo
    Vindo para mim
    E não se esconda tanto
    Pois o seu corpo chama um outro corpo
    Solto sobre o seu
    E eu bem sei
    É o meu!

    Você suspeita que eu não seja um bom sujeito
    E não entrega seu amor a um suspeito
    Mas mesmo tentando, jamais conseguirá
    Não me desejar...

  • 08 CHEIRO

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    CHEIRO
    (Rubens Lisboa)
    Participação Especial: PATRÍCIA POLAYNE

    Um cheiro doce de âmbar
    Me traz as lembranças
    Mistério lunar

    Um cheiro doce de âmbar
    Me traz os mistérios
    Lembrança lunar

    Me traz a certeza que eu vivo a cantar
    Segredo profundo de dissimular
    O som das guitarras a me açoitar
    A cor da morena cheirando a amar

    Se tudo isso me vem
    Esqueço e ignoro o que me faz chorar
    Trovão a roncar que me faz renascer
    Cada vez que um raio me vem acordar
    De tudo isso me vale
    Um facho de Sol, claro, a tudo brilhar
    Como se eu fosse o menino
    Que um vento macio vem despertar

    Acordei...
    Acordei!

  • 09 AIRA

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    AIRA
    (Diogo Montalvão)

    Se todo louco
    Louco
    Louco sentimento
    Se faz em nós tão vazio...

    Não feche os olhos
    Não se deixe iludir
    Pois o sonho entre nós se transformou em ironia
    Não em um certo conto
    Romântico e mofado...

    Sei que não há surpresas
    E o cinismo nos cai bem
    Mas desculpe a sutileza
    Que perdi nas noites escusas
    Com você
    Só que não somos os últimos para ambos
    Só que não somos os únicos...

  • 10 REAL

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    REAL
    (Neu Fontes – Rubens Lisboa)

    Dorme bela feito um anjo
    Dorme pra não acordar
    Dorme feito gente grande
    Que é feliz dormindo, sem representar
    E no sonho ela sonha
    Que o sonho vai vingar
    Vai poder dormir em paz, quer paz
    Pra quando o mundo despertar
    Vir a acreditar
    Que o sonho é real

    Dorme virgem feito um sonho
    Que ninguém ousou sonhar
    Dorme feito a adormecida
    Que precisa um beijo pra entrar no ar
    Sonha com beijo de um anjo
    Que lhe ensine a voar
    Quer dormir com ele em paz, rapaz
    Pra quando, enfim, despertar
    Vir a acreditar
    Que o sonho é real

  • 11 EU SEI

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    EU SEI
    (Joésia Ramos – Maria Cristina Gama)

    Não, meu bem
    Mas eu que senti
    Eu amo só de amar
    Eu amo só de amar
    Eu amo só de amar
    Eu amo só de amar

    Mas eu disse
    Quero só por querer
    Eu quero só por querer
    Eu quero só por querer
    Quero só por querer
    Eu quero só por querer

    Eu sei
    Eu sonhei só para te dar
    Só para te dar eu sonhei
    E sei
    Áh! Eu sei
    Como que não iria dizer
    Que sei, que sei
    Sei, sei, sei
    Que sei, que sei
    Sei, sei, sei

  • 12 MARIA ALICE

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    MARIA ALICE
    (Rubens Lisboa – Byer)
    Participação Especial: CHICO QUEIROGA

    Ponteia, peão
    Pr’os olhos de quem te queira...
    O meu coração
    Nos braços de uma morena...

    Ai quem duvida que habitas na palma da minha mão!
    Há quem duvide de nosso amor...
    Maria Alice me mandou mil buquês de algodão
    Inspirados em meus versos
    Encantados de ilusão

    Ó doce menina
    Galopa em meu pensamento...
    Que pena, pequena,
    Que foges e mentes muito...

    Ai quem duvida que comandas o meu pobre coração!
    Há quem duvide de tanto amor...
    Maria Alice me mandou mil recados em canção
    Inspirados em meus versos
    Enluarados de paixão

    Ai, ai
    Ai do nosso amor!
    Que era tudo
    Que era tonto
    Que era tanto e se acabou...
    Ai, ai
    Ai e se acabou!
    Era tudo
    Era tonto
    Era tanto o nosso amor...

  • 13 ORVALHADA

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    ORVALHADA
    (Rubens Lisboa)

    Orvalho da manhã
    Lava minh’alma enfim
    Rega a terra do curumim
    Me deixa assim, assim...
    Orvalho da manhã
    Traz ela aqui pra mim...

  • 14 CAÇADA

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    CAÇADA
    (Chico Buarque)

    Não conheço seu nome ou paradeiro
    Adivinho seu rastro e cheiro
    Vou armado de dentes e coragem
    Vou morder sua carne selvagem
    Varo a noite sem cochilar, aflito
    Amanheço imitando o seu grito

    Me aproximo rondando a sua toca
    E ao me ver você me provoca
    Você canta a sua agonia louca
    Água me borbulha na boca
    Minha presa rugindo sua raça
    Pernas se debatendo e o seu fervor

    Hoje é o dia da graça
    hoje é o dia da caça e do caçador

    Eu me espicho no espaço feito um gato
    Pra pegar você, bicho do mato
    Saciar a sua avidez mestiça
    Que ao me ver se encolhe e me atiça
    E num mesmo impulso me expulsa e abraça
    Nossas peles grudando de suor

    Hoje é o dia da graça
    hoje é o dia da caça e do caçador

    De tocaia fico a espreitar a fera
    Logo dou-lhe o bote certeiro
    Já conheço seu dorso de gazela
    Cavalo brabo montado em pelo
    Dominante, não se desembaraça
    Ofegante, é dona do seu senhor

    Hoje é o dia da graça
    Hoje é o dia da caça...
    Hoje é o dia da caça...
    Hoje é o dia da caça...
    Hoje é o dia da graça
    Hoje é o dia da caça e do caçador
    Hoje é o dia da graça
    Hoje é o dia da caça e do caçador
    Hoje é o dia da graça
    Hoje é o dia da caça!

  • 15 ORATÓRIO

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    ORATÓRIO
    (Pantera – Ronaldson)

    Mesmo que a minha alma se faça pequena
    E amanhecer sem calma, sem nada de bom
    Rosa vermelha a alma
    Palma, carne e cruz
    Alma de Jesus

    Se a dor amarga cala, tortura e pena
    Minha oração aclara, rosário pro amor
    Rosa vermelha, a alma
    Palma, carne e cruz
    Alma de Jesus

    Profundo que Ele me é
    Remir mereça
    Tudo a verdade e a fé
    Ternura presa na cruz
    Alma de Jesus

  • 16 TOMEI DE CARA

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    TOMEI DE CARA
    (Rubens Lisboa)
    Participação Especial: AMOROSA

    Num cantinho perdido da Terra
    Sob o Sol que amorena o sertão
    Diz que um bom cabrito não berra
    Sofrimento se pega com a mão
    Sofrimento renega o irmão
    Sofrimento relega a Nação

    Mas de noite tem farra e tem xamego
    Pra esquecer a dureza, tem forró
    Urubu lá no morro é coroa
    Cá do meio, licor, suco e loló
    Dá de longe calor, festa e bobó
    ‘Tá tão cheia de amor que faz até dó

    Caiu o caju, caju na ara
    Dá bom fruto na seara, norte-vento-sul
    Tomara seja fruta rara
    Nesse azul, tomei de cara
    Ara-Aracaju

    Há zueira nas praias e feiras
    Forte cheiro de vida e suor
    E meu povo levanta bandeiras
    Ambições esquecidas de cor
    As missões bem cumpridas de cor
    As lições aprendidas de cor

    Mas de noite tem farra e tem xamego
    Pra esquecer a dureza, tem forró
    Urubu lá no morro é coroa
    Cá do meio, licor, suco e loló
    Dá de longe calor, festa e bobó
    ‘Tá tão cheia de amor que faz até dó

    Caiu o caju, caju na ara
    Dá bom fruto na seara, norte-vento-sul
    Tomara seja fruta rara
    Nesse azul, tomei de cara
    Ara-Aracaju

  • 17 ALUCINADO BLUES

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    ALUCINADO BLUES
    (Rubens Lisboa)

    Quero cantar um blues
    Alucinado blues
    Que é pra fazer brilhar meu foco de luz em você
    Quero soltar a voz
    Adocicada voz
    Que é pra melar você com o pólen salgado e suado do meu prazer

    Um blues bem bacana
    Um blues tão sacana
    Viagem cigana na estreita garganta profunda dos sons
    Um blues indecente
    Um blues insolente
    Pedido carente de um abandonado na essência dos dons

    Com mil tons...
    Sem mil tons...

    Um blues de piano
    Um blues soberano
    De um tipo malhado
    Um sonho molhado
    Anjo que me ensine, me afague e me mate de paixão

    Um blues feito éter
    Um blues a caráter
    Com um jeito safado
    Um transe roubado
    Diabo que me acenda, me atice e me mate de tesão

    Quero cantar um blues...

  • 18 DIALOGANDO

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    DIALOGANDO
    (Irmão – Tonho Baixinho)
    Participação Especial: CRIS EMMEL

    Dialogando com a manhã
    O vento quebra as molas
    Todas as manhãs
    Se é mistério o que me trazes
    Pergunto
    Porém, eu já sei
    Se é verdade ou mentira
    Tudo aquilo que se diz

    Aconteceu bem de repente
    E eu pensei até que ia morrer

    Mas não pensou simplesmente
    Que a vida é feita para se viver

    Aconteceu bem de repente
    E eu pensei até que ia morrer

  • 19 VIOLAR

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    VIOLAR
    (Rubens Lisboa)

    Ê, viola, viola, violar
    Cadê o assunto escondido no pensar?
    Cadê o encanto perdido no olhar?
    Cadê o mundo contido no cantar?

    Minha viola é brejeira
    É de sonho, ilusão
    Aureolada de vento, de cheiro, de chão
    Minha viola que sopra as toadas
    Que toca as cantigas
    Antigas, sofridas de lá do sertão

    Minha viola é festeira
    É Natal, São João
    A redondilha das prosas, da lenda em canção
    Minha viola que entoa as modinhas
    Que lança as cirandas
    As tantas bonitas de lá do sertão

    Do sertão, olerê!
    Do sertão...
    Do sertão, camará!
    Do sertão...

    Cutucou
    Meteu o dedo da mão na corda do lá
    Esse som é meu
    Nego se achegue que vai esquentar
    Que compasso doido!
    Divisão de danar!
    No toque da viola, a vida dá o tempo pra a gente criar

  • 20 PALHACINHO

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    PALHACINHO
    (Rubens Lisboa)

    Palhacinho fez arte e tão assim, meio de lua...
    Sorriu tristinho, olhou pro seu além
    Foi pra rua...
    Sumiu no mundo
    Caiu na vida e fim:
    Estrela.

Aspas Rubens Lisboa não tirou por menos, gravou 20 músicas no seu primeiro CD. Um show de interpretação, repertório glorioso, uma mistura surrealista de compositores em sequência perfeita e voz impecável.
ILMA FONTES (jornalista e cineasta)
Assim, meio de lua...
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